quinta-feira, dezembro 16, 2021

Sondagem: Portugueses satisfeitos com o Governo e pessimistas sobre o futuro



Os portugueses nunca estiveram tão satisfeitos com a forma como o Governo tem gerido a pandemia. Os portugueses nunca estiveram tão satisfeitos com a forma como o Governo tem gerido a pandemia (61%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mesmo que uma pequena maioria defenda medidas mais restritivas para esta quinta vaga (47%). E que estejam agora mais pessimistas sobre o tempo necessário para que tudo regresse à normalidade (18% dizem que isso nunca vai acontecer).

A evolução é evidente, quando se comparam os resultados deste mês de dezembro com as respostas obtidas ao longo dos últimos 12 meses: em julho, foram apenas 42% a dar nota positiva ao Governo de António Costa, no que diz respeito à gestão da pandemia; em março tinham sido 50%; em dezembro do ano passado, foram 48%. Hoje, são 61%. O saldo é aliás positivo em todos os segmentos da amostra, incluindo os partidários. Não surpreende que a maior adesão se verifique entre os que pretendem votar no PS (87% dizem que tem estado bem ou muito bem). Mas é significativo que o Governo consiga o reconhecimento de 59% dos sociais-democratas e um saldo positivo até entre os que preferem o Chega (38% de avaliações positivas).

Endurecer restrições

Apesar da benevolência face ao Governo, há uma maioria de inquiridos que gostaria de ver maiores restrições para conter a quinta vaga da pandemia (47%). Essa vontade é mais vincada entre os que habitam na Região Norte (58%) e os que votam no PAN (59%) e no BE (58%).

São um pouco menos os que defendem que as medidas atuais são suficientes (40%). Mas estão em maioria em alguns segmentos. É o caso, concretamente, dos que vivem nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, dos que têm 65 ou mais anos e dos que anunciam o voto nos socialistas e nos liberais.

Pormenores - Normalidade

Os portugueses estão agora muito mais pessimistas do que em julho passado. Nessa altura, 61% afirmavam que o regresso à normalidade levaria no máximo um ano. Hoje, 56% apontam para um prazo mais longo: 38% dizem que vai ser preciso esperar dois ou mais anos e 18% que isso nunca vai acontecer.

Saúde mental

As repercussões sobre a economia e o emprego continuam a ser o efeito da pandemia que mais preocupa os portugueses (49%). Foi sempre assim ao longo deste ano. Mas há uma mudança substancial de julho para dezembro. Comprovada a eficácia da vacina, a segunda maior preocupação já não é com a saúde física (passou de 32% para 9%), mas com a saúde e bem-estar emocional (passou de 16% para 39%) (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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