quinta-feira, dezembro 16, 2021

Sondagem: Maioria dos portugueses concorda que a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos se faça rapidamente



A Maioria dos portugueses concorda que a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos se faça rapidamente. Os portugueses nunca estiveram tão satisfeitos com a forma como o Governo tem gerido a pandemia.

Uma grande maioria dos portugueses concorda que a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos se faça o mais rapidamente possível (61%), segundo uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. Mas são ainda mais os que anunciam que tomarão a terceira dose assim que esteja disponível (86%). Apesar da adesão massiva à vacina contra a covid-19, há também uma maioria de inquiridos que defende que esta deveria ser obrigatória (53%).

De acordo com as estatísticas mais recentes, 89% da população residente em Portugal está totalmente vacinada (duas doses). Melhor cobertura, a nível mundial, só nos Emirados Árabes Unidos (90%). Mas isso não parece ser suficiente para convencer os portugueses de que não é necessário avançar para a vacina obrigatória: são bastantes mais os que defendem essa imposição legal (53%) do que os que a recusam (40%).



Quando se analisam as respostas tendo em conta o género, a faixa etária, a classe social ou a geografia, há um único segmento da população em que há uma maioria que diz "não" à obrigação de vacinar: os que têm 65 anos ou mais (49%). Curiosamente, é a faixa etária que se mostra mais disponível para a terceira dose; a que mais defende a vacinação das crianças; e a que mais confia na eficácia das vacinas. Se a análise incidir na intenção de voto, só os liberais, comunistas e eleitores do PAN rejeitam a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19. Os restantes, incluindo os que votam PS (58%) e PSD (56%), estão de acordo.

Pais sintonizados

Também no que diz respeito à vacinação das crianças entre os 5 e 11 anos são minoritários os que discordam: apenas um em cada cinco portugueses resiste à ideia de que é preciso vacinar rapidamente os mais pequenos (22%). Seis em cada dez estão de acordo com a vacina e com a urgência de a aplicar (61%).

Note-se que o trabalho de campo da sondagem decorreu entre 9 e 13 de dezembro, quando já era conhecida a decisão da DGS (o anúncio foi a 8 de dezembro) e, para uma parte dos inquiridos, depois de serem conhecidos o calendário e os pareceres, quer o dos peritos da Comissão Técnica de Vacinação (manifestaram-se a favor da vacinação imediata), quer o do grupo de especialistas pediátricos (que recomendaram que se esperasse por mais dados científicos antes de dar início à vacinação em massa das crianças).

Antevê-se, portanto, uma corrida aos centros de vacinação já a partir deste fim de semana. Até porque o segmento da amostra que se revela mais convencido da urgência de vacinar é precisamente o que inclui os pais de crianças dos 5 aos 11 anos - 67% responderam que lhes darão a vacina o mais rapidamente possível e apenas 20% manifestaram algum grau de discordância.

Plano corre bem

O comportamento e as opiniões sobre a importância da vacinação estão em linha com a confiança na sua eficácia - 61% respondem que é grande (40%) ou muito grande (21%), com destaque para os mais velhos (77%). Se somarmos os portugueses que se refugiam numa resposta intermédia (a confiança não é grande, nem pequena), chegamos aos 86% (a mesma percentagem que está disponível para tomar a terceira dose assim que seja possível). Sobram apenas 15% de inquiridos que desconfiam.

O plano de vacinação merece, igualmente, uma avaliação positiva dos portugueses. Mesmo sem Gouveia de Melo na liderança da task force, 80% dão nota positiva (bem mais do que os 52% de abril, quando as certezas sobre a disponibilidade de vacinas eram menores). Apenas uns escassos 7% dos inquiridos revelam algum grau de insatisfação.

Números

66% - Dois terços dos eleitores da Iniciativa Liberal rejeitam a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19. Ao contrário, o segmento partidário que mais defende uma imposição legal é o dos eleitores do Chega (70%).

98% - Os portugueses de 65 ou mais anos estão totalmente disponíveis para a dose de reforço. Mas há dois casos em que se percebe um pouco mais de resistência: 17% dos habitantes do Norte e dos eleitores do BE não estão convencidos (Jornal de Notícias, texto do jornalista Rafael Barbosa)

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