I.
A retirada de propostas na Assembleia da República, associadas
a deputados eleitos pela RAM ou visando a RAM (no caso do CDS), mesmo
antes do orçamento rectificativo ter sido aprovado, terá sido mal explicada às
pessoas que ficaram sem perceber, depois das críticas contundentes feitas dias antes
dessa votação, afinal o que impediu que tais propostas fossem mantidas.
Eu percebo os motivos, até questiono se alguns procedimentos
podiam ou não ter prejudicado a RAM, mas duvido que a opinião pública em geral
valorize esses assuntos e entenda o que realmente ocorreu.
Afinal o que ganhou a RAM, em concreto e de facto, com
este orçamento rectificativo, o que ficou por resolver? Será legítimo perguntar
que, uma vez mais, fomos confrontados com uma espécie de jogo duplo e dúbio por
parte das estruturas nacionais do PSD e do CDS, quiçá pensando mais nas
regionais açorianas de Outubro deste ano do que em algo mais?
No caso dos deputados do PSD-Madeira em São Bento,
atrevo-me a recomendar que a comunicação feita com as pessoas, com os eleitores
mais em concreto, seja mais directa, completa e repensada, dado que, salvo opiniões
diferentes da minha, ela parece que se desenvolve muitas vezes a pensar apenas em
dois itens: nos deputados do PS-M no parlamento nacional, fomentando uma certa “concorrência”
de autoria, de discurso e de visibilidade, tudo isso de utilidade duvidosa, dada
uma certa dependência – algumas vezes a roçar o ridículo - em marcar presença
no espaço mediático como se isso de manipular a comunicação social e garantir
fotografias e títulos, fosse garantia de popularidade de pessoas e de votos.Eventualmente
um dia espero perceber afinal qual foi a estratégia adoptada e qual a dimensão
da sinceridade política subjacente ao processo que envolveu a RAM no processo
de discussão e aprovação do orçamento rectificativo nacional.
II.
Não escondo os receios e as dúvidas sobre a retoma do turismo antes de 2021 ou mesmo antes de 2022.
As ameaças de reconfinamento são reais. Nalgumas regiões ou países europeus, há
um retrocesso no aliviar da pressão sobre os cidadãos e as empresas e a
introduçao de medidas mais duras no combate aos perigos das pandemia. Em em Portigal
as contradições chegam a roçar o ridículo e o anedótico. No caso de Lisboa, suspeito
que Medina já pensa mais nas eleições de 2021 e teme os efeitos fragilizadores de
uma eventual crise generalizada na cidade que o possa penalizar. A alegada
candidatura de Santana Lopes para um regresso à CML, também não ajuda em nada, antes
aumenta a ansiedade de Medina. Por isso, ele anunciou – dias depois de um discurso
agreste contra o Ministério da Saúde e a DGS - não querer testes à chegada ao
aeroporto. E fê-lo no mesmo dia em que a Bélgica anunciou que exigirá testes a
quem viajar de Portugal para lá (apesar de Bruxelas ter rectificado, depois, a
decisão e esclarecer que as restrições se colocavam apenas a pessoas com residência
nas freguesias lisboetas ainda em estado de calamidade sanitária), e de outros
países, casos da Irlanda, Escócia e Finlândia, terem colocado o nosso país na
lista negra, sobrerudo devido à
siotuaçláo saniotária em Lisboa. Medina esqueceu-se também de algo essencial em
tudo isto, que a cidade não tem turistas… (LFM)
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