Quatro em cada dez portugueses não tinha como pagar uma semana de férias fora de casa no ano passado. O valor está 11,5 pontos percentuais acima da média dos 27 países da União Europeia. Ir de férias é um privilégio que não está ao alcance de todos. A prova disso são os últimos dados do Eurostat, que mostram que 40% dos portugueses não têm capacidade financeira para pagar uma semana de férias fora de casa, uma percentagem substancialmente superior à média dos 27 países da União Europeia (UE) e a sétima maior do bloco. Os dados referentes a Portugal ainda são provisórios, mas mostram que 40% dos residentes no país com mais de 16 anos não têm como pagar uma semana de férias fora do local de residência. É uma redução de 1,3 pontos percentuais face ao valor apurado para 2018, e uma redução de 23,3 pontos percentuais no espaço de uma década.
Contudo, o valor provisório de Portugal está 11,5 pontos percentuais acima da média da UE, que se fixou em 28,5%, segundo as estimativas do organismo oficial de estatística. Em termos europeus, trata-se de uma redução gradual desde 2010, ano em que 39% dos residentes no bloco não tinham como ir de férias para fora.
O ranking elaborado pelo Eurostat ordena os países por ordem decrescente de % de população com mais de 16 anos incapaz de pagar uma semana de férias fora de casa.
“Porém, devido ao confinamento e ao fecho de fronteiras em todo o mundo em 2020 para travar a propagação rápida do coronavírus, esta tendência de queda deverá ser interrompida” este ano, calcula o Eurostat, num comunicado publicado esta segunda-feira. Imediatamente acima de Portugal neste ranking está a Hungria (41,5%), Itália (44,4%, mas segundo dados ainda de 2018) e Chipre (45,2%). Os três primeiros lugares são ocupados pela Roménia, em que 54,1% dos cidadãos com mais de 16 anos não têm como pagar uma semana de férias fora de casa, seguindo-se a Grécia (49,2%) e a Croácia (48,4%) (ECO digital, texto do jornalista Flávio Nunes)
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