sexta-feira, julho 24, 2020

Desemprego no Algarve dispara 232% em junho

No final do passado mês de junho, a região do Algarve atingiu 26.140 desempregados, um número que representa um decréscimo em relação a maio (-5,5%), mas um aumento de 231,8% (mais 18.261 pessoas) em relação a junho de 2019, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), divulgados esta segunda-feira. Traduzindo o óbvio impacto da pandemia sob o setor do turismo, a região algarvia atingiu um número de desempregados, inscritos nos centros de emprego (desemprego registado) as 26.140 pessoas no final de junho, numa redução face a maio, de 5,5% (menos 1535 pessoas). Nesta última recolha de dados, o Algarve destaca-se como a região com maior aumento do desemprego registado em termos homólogos. Na segunda posição fica Lisboa e Vale do Tejo, com um incremento de 48,5%. No entanto, no conjunto do país, em relação ao mês anterior, o desemprego registado em junho diminuiu pela primeira vez desde o início da pandemia.

No fim do mês de junho de 2020, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 406 665 indivíduos desempregados, número que representa 74,8% de um total de 543 662 pedidos de emprego. O total de desempregados registados no País foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (+108 474 ; +36,4%) e inferior face ao mês anterior(-2 269 ; -0,6%).
Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, variação absoluta, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no Continente, salientam-se os mais representativos, por ordem decrescente: “Trabalhadores não qualificados“ (25,6%); “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (22,1%); “Pessoal Administrativo” (11,7%); “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (10,9%)” e “Especialistas das atividades intelectuais e científicas”(9,4%).
Relativamente ao mês homólogo de 2019 (excluindo os grupos com pouca representatividade no desemprego registado), o grupo “Operadores de instalações e máquinas e trabalhos de montagem (+61,3%) apresentou a mais expressiva subida percentual do desemprego, seguido dos grupos “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (+56,5%) e “Pessoal administrativo”(+39,7%).
No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 356 577 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73,0% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”(29,7%); 21,0% eram provenientes do sector “secundário”, com particular relevo para a  Construção”(6,4%)”; ao sector “agrícola” pertenciam 3,7% dos desempregados (Executive Digest, texto da jornalista Sónia Bexiga)

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