domingo, julho 12, 2020

Duas notas

I.
O Conselho Europeu de 16 e 17 de Julho é decisivo para todos os estados-membros e para Portugal. Precisamos da aprovação desse-super-pacote, e mais do que isso, precisamos de celeridade em todo o processo de decisão comunitária, para fazer chegar o dinheiro aos estados-membros que dele tranto precisam, esperando-se que estes definam rapidamente regras claras internas de distribuição desses recursos, sem discriminarem regiões seja porque motivos for. Acresce que ninguém já duvida que a Europa luta, até final deste ano, pela sua própria sobrevivência. Se falhar agora, a Europa caminha para a sua destruição total e o sonho europeu dos fundadores, cairá por terra.
II.
A visita de MRS normalizou alguma coisa? O tempo o dirá. Continuo a pensar que há qualquer coisa de estranho no relacionamento entre Lisboa e o Funchal, que estraga tudo, que leva ao questionamento, a uma sucessão de dúvidas à procura de respostas inexistentes. Qualquer coisa terá acontecido, e que desconhecemos todos, mas que funcionou como o tal grão que emperra a engrenagem. E por isso que temos que resolver este assunto e admito que MRS, sem certezas e sem convicção, possa ser um parceiro importante nessa tarefa.
A RAM desvalorizou erradamente as pontes de diálogo, cada vez mais essenciais, ligando discreta mas eficazmente a região ao Terreiro do Paço. Falo de pontes de contacto e de diálogo discretas, preferencialmente funcionando sem que se dê por elas, que trabalhem longe do espectáculo (ou da fobia da dependência) mediático que vale zero ou quase zero, que provoca irritações, par-a-par com deslumbramentos e vaidades atiçadas, mas que não propicia resultados. No fundo são eles que importam e mais interessam. O resto é um vazio, incluindo toda a dialéctica político-partidária construída á volta da ineficácia dos modelos hoje existentes ou não (LFM)

Sem comentários: