sábado, maio 02, 2020

Covid-19: Maioria dos portugueses discorda de perdão de penas

A maioria de portugueses (54%) está a contra a medida do Governo que permitiu o perdão de penas a mais de um milhar de reclusos. Apenas 26% concordam, revela um barómetro da Pitagórica para o “Jornal de Notícias” (JN) e “TSF”. De acordo com o barómetro, a oposição é maior entre as mulheres (57% são contra, face a 50% dos homens), os mais jovens (72% entre os 25 e os 34 anos são contra), mais pobres (58%), aqueles que vivem nas regiões Norte, sem Grande Porto, e Sul (59%), e os que votam à direita. Os dois escalões mais velhos (37% e 31%), os que vivem em Lisboa (34%) e os que ganham mais (32% no topo) são mais tolerantes. À esquerda o apoio ao perdão é maior. No caso da CDU e do BE há mais gente a concordar do que a discordar. Já à direita a oposição é mais renhida, com destaque para os eleitores do PSD (64% contra), pelo seu peso relativo na amostra.

Recorde-se que, a 8 de Abril a Assembleia da República aprovou um regime excepcional dirigido à população prisional e que contemplava indultos (para presos com mais de 65 anos e problemas de saúde), saídas precárias extraordinárias (45 em vez dos habituais três dias) e perdão parcial de penas (menos de dois anos por cumprir, excluindo homicídios, crimes sexuais, violência doméstica, políticos e polícias).
Até ao passado dia 27 de Abril, foram concedidos 14 indultos, aprovados por Marcelo Rebelo de Sousa, 674 saídas precárias de 45 dias (podem ser renovadas por igual período) e 1179 reclusos receberam o perdão parcial de penas que antecipou a sua saída em definitivo da cadeia, de acordo com o último balanço da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Em Portugal, morreram 1.007 pessoas das 25.351 confirmadas como infectadas, e há 1.647 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Presse”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 235 mil mortos e infectou mais de 3,3 milhões de pessoas em 195 países e territórios.  Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
A Covid-19, doença respiratória aguda que pode provocar pneumonias, é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China (ED)

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