quarta-feira, agosto 14, 2019

Notas do Porto Santo

Dizia-me alguém, por estes dias, que o Porto Santo está transformado numa espécie de jardim infantil dos 13 aos 16 anos graças ao facto de estarmos na mesma ilha e que ao contrário do que a TAP exige - no caso das viagens para fora da Região e quando as crianças não são acompanhadas pelos pais - não é preciso declaração de autorização dos pais para viajar entre a Madeira e o Porto Santo. Bem vistas as coisas não há diferenças entre o Porto Santo e o Porto Moniz, São Vicente ou Calheta. O problema reside nos pais que devem impor, caso queiram, regras porque não é preciso ser muito inteligente para antever qual o ambiente que espera os filhotes com 13, 14, 15 ou 16 anos. Depois escandalizam-se todos com os comas alcoólicos e com as atitudes sociais de falta de respeito pelos outros - casos de apartamentos em unidades turísticas em que meia dúzia de parvalhões que se viram livres dos pais por uns dias, resolvem berrar e dizer asneiras atrás de asneiras, às 2 ou 3 da manhã como se os vizinhos não contassem para nada, sejam eles idosos ou crianças, algumas até doentes. Bastou alguém ligar para a polícia (ou ameaçar, não sei bem) e os cagões borraram-se todos de medo, só por serem identificados. Isto não tem nada com as festas no Porto Santo, tem a ver com o chá que se vai bebendo, ou não bebendo, desde os primeiros passos na vida
Sei de algumas unidades hoteleiras da ilha Dourada que começaram a recusar reservas para estadas de clientes com menos de 16 anos - reservas solicitadas pelos pais que depois vão berrar para os jornais se acontecer alguma coisa aos filhotes -  temendo que qualquer situação menos normal possa implicar processos judiciais e a exigência de compensações financeiras às referidas unidades hoteleiras em situações mais extremas.
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Não vou ao Porto Santo ganhar dinheiro com terceiros (para não ser mais agreste) nos 10 dias de férias em que lá fico. Tenho sempre regresso marcado... mas se acham que esta tudo bem, então façam tudo em duplicado ou em triplicado para essa satisfação suba até às nuvens... Por mim não me aquece nem arrefece nada.
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Eu não sei de Anacom – entidade com competências para o efeito – realiza com regularidade auditorias aos sinais que são garantidos pelas operadoras de comunicações na Madeira e Porto Santo. Medindo a qualidade do sinal, a potência do mesmo e a estabilidade das ligações asseguradas por wi-fi. O que é certo é que quer na Madeira, quer no Porto Santo nestes período de Verão, nota-se que os sinais de wi-fi disponibilizados pelas operadoras no acesso aos dados móveis são vergonhosas aberrações que nem a inexistência de investimento por parte das empresas nem o aumento dos acessos no Porto Santo devido ao aumento de clientes, explica. Entre os clientes, no Porto Santo - ouvi várias vezes esse argumento – multiplica-se as acusações de que a qualidade do sinal wi-fi propiciado pelos operadores é, em conluio, deliberadamente desleixado, quase inexistente – incluindo em estruturas de turismo na ilha Dourada – para que os clientes sejam obrigados a comprar pacotes adicionais de dados móveis com todos os ganhos que daí resultam para as operadoras. E quando falo em operadoras falo na NOS e na MEO (ou Altice) porque a Vodafone comprovadamente ainda não chega aos calcanhares da qualidade do serviço que disponibiliza no Continente e relativamente ao qual, como cliente, posso confirmar. Aqui na RAM, não, essa qualidade é substancialmente inferior gostem ou não de ouvir. Um apontamento para alertar quem de direito porque esta bandalheira não pode continuar e precisamos saber se nos andam a vender gato por lebre neste domínio das comunicações.

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