Achei intrigante - e não vou tentar encontrar explicações que guardo para mim, salvo se se tratou de um lapso na fobia histérica para arranjar lugares para todos... - que nesta bufaria crónica entre o PSD-Madeira e alguns meios de comunicação social, no que diz respeito ao processo de elaboração da lista de candidatos a deputados regionais, o nome de Fernanda Cardoso tenha desaparecido de um momento para outro.
Para além das histórias em torno do tema - as quais acho um insulto à inteligência dos eleitores - sobretudo no meu caso que sei perfeitamente como funciona, porque sempre funcionou assim, o processo de escolha dos alegados "representantes" dos concelhos para efeitos de inclusão na lista de deputados, quando estamos a falar de imposição da insignificante nomenclatura dirigente concelhia reunida numa jantarada qualquer para dar o "agrément" aos nomes enviados do Funchal - fica-me a dúvida se Fernanda Cardoso, uma das pessoas com mais experiência parlamentar e maior consistência política entre aquela gente, afinal foi a causa das maleitas eleitorais do PSD-M. Eis que subitamente a ainda Vice-Presidente do parlamento (e não reconheço autoridade moral e política nenhuma a ninguém para que lhe apontem seja o que for de negativo na sua vida), de repente, e segundo as encomendas noticiosas - e que revela um triste processo de renovação que julgo que nem aos 30% de Alberto João Jardim chegará, de facto - foi suprimida da vida partidária terrena, quiçá enviada para Marte.
Como é que temos pessoas que nas autárquicas de 2017 passaram o tempo a dizer mal das escolhas feitas, alguns com razão, que não participaram na campanha eleitoral, alguns até férias meteram, que não foram penalizados politicamente pela derrota autárquica nos seus "quintais", nomeadamente substituídos nas lideranças da freguesia ou do concelho, quando se trata de eleger deputados socorrem-se de processos manipulados e mafiosos (quanto aos procedimentos) para se chegarem para a primeira linha como "representantes" da treta de concelhos onde nem reconhecidos como tal são? Mas quem os indicou, com o voto de quem, quem ouviu quem, o que dizem realmente as bases do partido, etc ? Ou foram escolhas das elites locais fechadas na sua redoma?
Recomendo um exercício: acompanhem a evolução das notícias publicadas (por encomenda) a propósito das listas de candidatos a deputados e vejam os nomes jogados e atirados para o lixo, os argumentos usados para afastar uns que deixam de ser validos para outros, etc? Façam isso se se querem divertir... (LFM)
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