Li aqui
que “as contas foram feitas: em quatro anos, Portugal teve dois Governos e
destes resultaram 71 novas medidas com um peso total de 61 mil milhões de
euros. Austeridade passou a ser a palavra de ordem, principalmente nas
famílias, que representam, revela o Jornal de Negócios, 77% dos sacrifícios
sofridos.Nos últimos quatro anos, o peso das medidas de austeridade alcançou os
61 mil milhões de euros. Desses, oito em cada dez euros saíram dos bolsos das
famílias, as mais lesadas com a crise financeira que se instalou no País.As
contas são do Jornal de Negócios e revelam que nos últimos dois Governos, Portugal
assistiu a 71 novas medidas de austeridade, grande parte delas referente a
cortes em salários e pensões, aumento de impostos e agravamento de IRS. O
objectivo foi e será sempre o mesmo: estimativas de poupança e aumento de
receitas do Estado. E tudo começou com o governo de José Sócrates que, em 2011,
implementou uma redução dos benefícios fiscais e dos tectos das deduções de IRS
(o que iria permitir uma poupança estimada em 700 milhões de euros). Já com
Pedro Passos Coelho no poder, as famílias viram escapar quase mil milhões de
euros com o ‘imposto de Natal’, revela o Jornal de Negócios. Seguiu-se uma
redução de benefícios, deduções, convergência entre salários e pensões e a
aplicação de uma sobretaxa de solidariedade O desemprego é outra das formas de
pagamento da austeridade por parte das famílias: nos últimos quatro anos, a
taxa de pessoas desempregadas cresceu 5,7%, estimando o Instituto Nacional de
Estatística (INE) que em 2014 atinja os 17,7%”