"The New
York Times". Perante as numerosas incógnitas do futuro, o grande diário de
referência dos Estado Unidos faz opções que têm dado resultados bastante
prometedores...
Sobre o futuro da
edição em papel e até sobre o da edição digital, as teorias mais diversas e
contraditórias circulam. Sem que haja certezas. E nem mesmo os indicadores
habituais (difusões, taxas de leitura, vendas, assinaturas, receitas
publicitárias,...) autorizam verdadeiramente fazer prospetivas a médio prazo
com um grau de probabilidade elevado.
A este propósito,
a entrevista que Mark Thompson deu ao diário económico francês Les Échos é
particularmente interessante. Não só porque foi diretor-geral da BBC de junho
de 2004 a setembro de 2012 e fez da radiotelevisão pública britânica um ator de
primeira ordem no sector digital. Mas também porque é o atual diretor executivo
da New York Times Company desde novembro do ano passado e, por conseguinte, de
um diário de grande prestígio.
Ora, Thompson
afirma que, "no New York Times, não se vê a net matar o papel". Que
se pode muito bem "ler o jornal-papel de manhã, consultá-lo no seu móvel
durante os transportes e, chegado ao gabinete, lê-lo no computador, antes de
voltar à versão em papel". O que é fundamental é a confiança na qualidade
do conteúdo e esta "passa pelos nossos jornalistas, pela nossa sala de
redação forte de 1100 pessoas. Tantas como há dez anos. Reduzimos todos os
custos salvo os da redação". Até porque o NY Times continuará a ser
"antes do mais um media do escrito", adotando embora cada vez mais
uma estratégia de diversificação à maneira dos canais temáticos de televisão.
Referindo-se à
adoção em 2011 do pagamento para aceder à edição digital, Thompson diz: "O
digital já nos traz como receita um milhão de dólares por ano, quando há um ano
e meio não nos trazia nada." E acrescenta, numa abordagem prospetiva:
"Nos Estados Unidos, as grandes marcas terão uma dimensão suficiente para
vingar, e os pequenos jornais locais também, propondo uma informação que não se
encontra na internet. Mas não tenho grande esperança para os que se situam
entre os dois." Uma série de bons temas de reflexão para os nossos
editores...
TV a pagamento
perde assinantes
A Comisión
Nacional de los Mercados y la Competencia (concorrência) publica os resultados
das empresas de telecomunicações e de serviços audiovisuais no terceiro
trimestre do ano em Espanha. A televisão a pagamento sofreu uma queda de 4 195
259 assinantes no terceiro trimestre de 2012 para 3 740 138 no mesmo trimestre
deste ano.
Conselho de
Estado anula aquisições
O Conseil
Supérieur de l"Audiovisuel francês quer integrar as plataformas digitais
(como YouTube ou Dailymotion) no seu perímetro de regulação. Por outro lado,
quer que elas venham a contribuir para o financiamento da produção audiovisual,
a partir do momento em que o volume de negócios ultrapasse os 10 milhões de
euros anuais.
Plataformas
digitais deverão contribuir
A mais alta
jurisdição administrativa francesa anula a luz verde dada em 2012 pela
Autoridade da Concorrência à compra das televisões abertas D 8 e D 17 pela
televisão a pagamento Canal +. O Conseil d"État decidiu que houve
"vício substancial de procedimento", pelo que a Autoridade da
Concorrência deverá analisar de novo o dossiê” (texto de J.M. NOBRE-CORREIA, DNde Lisboa, com a devida vénia)