terça-feira, março 05, 2013

Madeira pede mais tempo para cumprir objectivos financeiros

Escreve o Jornal de Negócios, "a Madeira pretende alargar prazos para que possa cumprir o seu programa de ajustamento financeiro, caso se verifique o prolongamento de Portugal junto da União Europeia, nos pagamentos aos países europeus. Madeira pretende alargar prazos para que possa cumprir o seu programa de ajustamento financeiro, caso se verifique o prolongamento de Portugal junto da União Europeia, nos pagamentos aos países europeus. Quem adianta esta pretensão é Guilherme Silva do PSD/Madeira em declarações à Rádio Renascença.
O deputado social-democrata justifica este pedido de flexibilização da dívida madeirense, caso se confirme para Portugal também, afirmando que “seria absurdo, que o país contasse com a solidariedade dos nossos credores e da Europa e depois o Estado português não fosse solidário com uma região autónoma” . Por outro lado Guilherme Silva sugere também uma redução dos juros que a região paga, para que seja possível um ajuste financeiro mais equilibrado. As relações entre PS e PSD, e o seu papel na resolução da crise enfrentada em Portugal, foi outro dos temas em debate no programa “Falar Claro”, da Rádio Renascença. Para Guilherme Silva os dois principais partidos políticos deverão encontrar formas de colaboração e aproximação, caso contrário “os portugueses não perdoarão”.
O socialista, Vera Jardim, concorda e acrescenta ainda que esta não é a altura para que sociais-democratas acusem o PS de gestão danosa no passado pois “a história encarregar-se-á de o fazer”.
O deputado PSD/Madeira admite ainda que as eleições autárquicas poderão ser um obstáculo a este entendimento, pretendidos pelos dois oradores. Mas que, ainda assim, o país enfrenta problemas sociais gravíssimos e o Governo deverá prestar atenção às propostas do principal partido da oposição.
Em relação à manifestação de sábado, “Que se lixe a Troika!”, que levou milhares de portugueses à rua, Vera Jardim fala do facto preocupante que é a grande presença de idosos na manifestação, revelando que também essa camada da população vive uma situação “desesperante”. Guilherme Silva saudou a natureza pacífica dos protestos e deixa o aviso ao Governo, os portugueses começam a chegar ao limite dos sacrifícios que lhes são pedidos”.