Tenho a clara sensação de que o Papa João Paulo II poderá ficar mais descansado porque tudo indica que este papa argentino parece posicionar-se na mesma linha do papa polaco. Estes primeiros dias do Papa Francisco (por enquanto apenas assim e não Francisco I) têm sido interessantes e de esperança para os católicos e para a Igreja nestes momentos conturbados e difíceis que vivemos. Dotado de uma simplicidade de procedimentos e de um discurso fácil - hoje o Papa preocupou-se com os jovens, na linha de João Paulo II - que abre excelentes perspetivas. Um indicador pessoal - que vale o que vale - prende-se com o facto de todas as notícias sobre o novo Papa me captarem a atenção de uma forma imediata e permanente, algo que confesso nunca aconteceu com Bento XVI. A minha dúvida é saber como é que este Papa se vai afirmar nesse complexo universo do Vaticano e da Santa Sé, vergando uma estrutura que precisa de mudanças - a Curia romana - e que poderá ter estado na origem desta eleição papal, caso os cardeais tenham evitado a eleição de um papa identificado com a Curia e que dela tenha feito parte ou a ela esteja ligado. O que não acontece com Jorge Bergoglio.
