quarta-feira, março 06, 2013

BPN: Estado perde 2,1 mil milhões!

Li no Correio da Manhã que "dos 4,2 mil milhões de euros emprestados pelo BPN a clientes, metade foram concedidos sem garantias. CM conta tudo. Metade dos créditos do BPN comprados pelo Estado, no âmbito da privatização do banco, não têm garantias dos devedores. Como a Parvalorem, sociedade pública que foi criada para acolher os ativos tóxicos do BPN, tem uma carteira de crédito num valor global superior a 4,2 mil milhões de euros, o Estado corre sérios riscos de não conseguir recuperar 2,1 mil milhões de euros, até porque muitas empresas e particulares não têm sequer património em seu nome. Para já, até ao final do ano passado, o BPN já custou aos contribuintes mais de 3,4 mil milhões de euros. A Parvalorem iniciou um processo de forte pressão sobre os clientes para que estes regularizem os créditos. Com um universo de cerca de cinco mil clientes, "neste momento a Parvalorem não dá tréguas aos devedores", garante uma fonte conhecedora do processo. Só que, dada a dimensão da carteira, "será muito difícil recuperar os créditos", frisa outra fonte contactada pelo CM. Daí que seja "preciso gerir bem a carteira de crédito para a situação não piorar, porque cada caso é um caso". Para que o BPN ficasse em condições de ser privatizado, foi necessário, segundo a estratégia definida pelo governo de José Sócrates, limpar o banco dos seus ativos tóxicos. Por isso, a Parvalorem comprou ao BPN créditos de 4,2 mil milhões de euros. Entre estes, constam empréstimos que foram concedidos pelo BPN a empresas de personalidades conhecidas e a sociedades offshore da antiga Sociedade Lusa de Negócios (SLN), atual Galilei. O CM questionou o Ministério das Finanças, mas, até ao fecho desta edição, não obteve respostas".