sábado, outubro 01, 2011

TAP poupa 4,4 milhões com corte nas comissões pagas às agências de viagens

Escreve a jornalista do Publico Raquel Almeida Correia que “a TAP pagava, até Julho, uma comissão fixa de 6% às agências de viagens brasileiras sobre o valor dos bilhetes de avião que vendiam. O programa de contenção de custos, transversal a todas as empresas públicas, levou a companhia de aviação a negociar uma redução destes encargos. A partir de Janeiro, a transportadora estatal passa a pagar uma taxa de apenas 1%.Esta medida está inscrita num programa de redução de despesas, imposto pelo anterior Governo e reinscrito no Memorando de Entendimento. Só este ano, a TAP estima poupar "seis milhões de dólares" (cerca de 4,4 milhões de euros) com o corte nas comissões, avançou fonte oficial. A redução vai ser faseada. Em Agosto, a taxa desceu de 6 para 3% e passará para 2% em Novembro. A partir do início de 2012, descerá para 1%. A empresa não disponibilizou a poupança estimada para o próximo ano, mas conclui-se que será significativa, tendo em conta a diferença no nível de comissão pago a estes intermediários. O novo regime foi negociado com a Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV), definindo uma taxa a aplicar a todas as transportadoras aéreas com operação no Brasil, como a TAP. Foi, aliás, o facto de a companhia de aviação continuar a crescer neste mercado que a levou a pressionar a associação do sector no sentido de reduzir estes encargos. O Brasil representou, em 2010, 34,7% das receitas da transportadora aérea, depois de um crescimento de 21,8% nas vendas relacionadas com as ligações para e daquele país. E este aumento repercutia-se nas taxas pagas aos intermediários. Em Portugal, a TAP já tinha negociado, há alguns anos, uma redução destas taxas, com a associação que representa as agências de viagens. Dessas conversações resultou também a diminuição da taxa fixa a pagar a estas empresas, que se situava em 9%, na altura. Desde então, e tal como acontecerá no Brasil a partir de Janeiro, a comissão está fixada em 1%. Esta medida insere-se num programa mais vasto, impulsionado pelos apelos à contenção no Sector Empresarial do Estado. O Governo tinha imposto um corte mínimo de 15% nos custos operacionais das empresas públicas, que a TAP assumiu que não iria cumprir fruto dos gastos que tem com rubricas que a administração argumenta não controlar, como o combustível. Esta semana, o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, avançou que as empresas que tutela (transportadoras públicas e companhias de infra-estruturas) vão ser obrigadas a aumentar o emagrecimento das despesas, passando a estipular-se um corte de 20% para este ano. Se esta meta for cumprida pela globalidade das empresas, o Governo garantiu que não haverá novo aumento nos preços dos transportes este ano”.

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