sexta-feira, outubro 14, 2011

Proposta contra a crise prevê perdão de 50% na dívida grega!

Li no site da RTP que "uma proposta do plano europeu contra a crise na zona euro prevê o perdão de 50 por cento na dívida grega e uma possível garantia que a Irlanda e Portugal não reestruturarão a dívida para mostrar aos mercados que a Europa tem controlo sobre a crise. A fazer fé na agência de informação financeira Bloomberg, que cita fontes anónimas próximas das negociações do plano de resolução da crise da dívida soberana, a estratégia europeia inclui ainda a criação de um escudo de protecção do sector financeiro e a continuação de compra de dívida soberana por parte do Banco Central Europeu (BCE). O plano – a ser actualmente negociado entre os 27 países da União Europeia – prevê ainda o aumento do poder de intervenção do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), o fundo de resgate da zona euro, assim como novo capital para os bancos europeus, um novo impulso à competitividade europeia e a possibilidade de estudar uma revisão dos tratados europeus que permitam uma gestão mais rigorosa da economia e das finanças da união. O Conselho Europeu do próximo dia 23, em Bruxelas, poderá alcançar um acordo sobre a estratégia de combate à crise, com os mercados e governos de todo o mundo à espera de um plano, que tem sido difícil de conseguir devido a questões políticas, técnicas e legais. A Bloomberg afirma que uma das soluções apontadas é a renegociação do acordo de Julho passado, passando de 21 para 50 por cento as perdas que os credores privados – bancos, companhias de seguros e fundos de pensões – terão de assumir na dívida grega. Uma outra hipótese estudada passa por fazer os privados trocar os títulos de dívida pública que detêm por dívida nova, desta feita garantida pelo FEEF, que tem a máxima notação de risco, de "AAA", estando ainda a ser discutida a possibilidade dos credores aceitarem perdas sem qualquer forma de colateral. Para o sector da banca, uma das propostas é a criação de um veículo europeu de segurança para o sector financeiro, a ser capitalizado pelo FEEF, e a quem passará a ser permitido entrar no capital dos bancos e garantir passivos do balanço das instituições. A Alemanha, a maior economia da zona euro, tem-se revelado sistematicamente contra esta possibilidade, defendendo uma recapitalização dos bancos feita ao nível nacional. As autoridades europeias estarão a chegar a um consenso para adiantar a criação do mecanismo permanente de resgate da zona euro, o Mecanismo de Estabilidade Financeira (MEF), de julho de 2013 para Julho de 2012, segundo avança a agência. Em estudo uma outra proposta visando evitar os impasses nos planos de auxílio a países-membros quando os países mais pequenos da União votam contra esses planos como recentemente aconteceu. De acordo com a proposta em negociação, os planos de resgate poderão avançar desde que aprovados por países que representem 95 por cento (ou 85 por cento, segundo outra proposta)”.

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