sexta-feira, outubro 14, 2011

A propósito de "complots": clarificando...

Parece-me importante clarificar uma notícia hoje publicada pelo DN do Funchal tendo como referência o meu blogue. Eu não disse, nunca disse, que o PSD da Madeira estava a pensar em nomes alternativos a Alberto João Jardim. Só quem não o conhece acha que ele cederia a um cenário dessa natureza, depois de ter ganho eleições com maioria absoluta, e particularmente depois de saber que organizações estão associadas a tudo o que se passou... Limitei-me a dar conta de um determinado desfecho de claro “complot” político, absolutamente desonesto, alguns até lhe chamariam de traiçoeiro depois de conhecidos os contornos todos, que teve as eleições regionais de 9 de Outubro como epicentro de tudo o que se passou e foi pensado e realizado, particularmente a vitória do PSD da Madeira mas sem maioria absoluta. Isto porque os mentores e protagonistas silenciosos acreditavam que AJJ, perante um resultado eleitor adverso desses, se demitiria da liderança do PSD da Madeira o que obrigaria o partido a procurar um desfecho que, a concretizar-se, seria desastroso, porque feito nas costas dos militantes e assente em jogadas de bastidores e eventualmente em golpadas de secretaria, numa repetição das patifarias que têm caracterizado o que se passou no PS local nos últimos anos. Aliás tenho muitas dúvidas quanto ao futuro do PSD da Madeira, enquanto partido mobilizador, credível, isento, distante de interesses, liberto de pressões e de “lobbies”, quando Jardim resolver abandonar a liderança do partido. Não quero com isto dramatizar e dizer que o partido se vai esfrangalhar todo. Nada disso. Mas tenho a certeza que vai passar por enormes dificuldades e que vai demorar tempo, muito tempo, a reencontrar-se. Disso não tenho dúvidas.
Finalmente mais uma nota de clarificação: quando defendei um Conselho Regional fi-lo, não para que o PSD da Madeira discutisse nomes alternativos, porque isso não faz sentido, mas para que Alberto João Jardim pudesse abrir o livro e contar tudo o que se passou. E acho que fui claro, que contasse tudo o que se passou durante a campanha eleitoral, inclusivamente no dia das eleições regionais e que desse a conhecer aos seus companheiros de partido – a Comissão Política tem apenas pouco mais de 20 pessoas, o Conselho Regional é muito mais amplo – para que os conselheiros ficassem a par de tudo o que se passou, percebessem algumas das causas directas dos resultados eleitorais do PSD, para que percebessem como a dignidade, a seriedade, o rigor, a ética e a coerência na política, por vezes, felizmente não muitas, não passa de um monte de estrume. Com muitas moscas varejeiras à volta... E mais: não retiro uma vírgula ao que foi escrito.

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