segunda-feira, maio 30, 2011

Curiosidades...silenciadas!

De uma pessoa amiga, e que de quando em vez comenta para este blogue situações muitas vezes ignoradas na comunicação social, recebi e publico, apelando à reflexão, quer da notícia em si mesma, quer do manto de silêncio, cortado apenas este fim-de-semana pelo semanário Sol e por Jerónimo de Sousa (até parece que o “cancro” da democracia parece que se limita às incompatibilidades de deputados…). Pois é, o problema é que tenho medo das outras…
“Talvez tenha visto mal mas não me apercebi de que, como vem sendo feito na Net, algum jornal se tenha ainda interrogado sobre a sucessão de três notícias em pouco mais de dois meses que, isoladas, talvez só tivessem lugar nas páginas de Economia mas que, juntas, e com um director ou um chefe de redacção curiosos de acasos, até poderiam ter sido manchete.
- A primeira, de 16 de Março, a da renúncia - dois anos antes do termo do seu mandato - de Almerindo Marques à presidência da Estradas de Portugal (para que fora nomeado em 2007 pelo então ministro Mário Lino), declarando ao Diário Económico que "no essencial, est[ava] feito o [s]eu trabalho de gestão".
- A segunda, de 11 de Maio, a de uma auditoria do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal, revelando que, com a renegociação de contratos, a dívida do Estado às concessionárias das SCUT passara de 178 milhões para 10 mil milhões de euros em rendas fixas, dos quais mais de metade (5 400 milhões) coubera ao consórcio Ascendi, liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo. Mais: que dessa renegociação resultara que o Estado receberá, este ano, 250 milhões de portagens das SCUT e pagará... 650 milhões em rendas.
- E a terceira, de há poucos dias, a de que Almerindo Marques irá liderar a "Opway", construtora do Grupo Espírito Santo.
O mais certo, porém, é que tais notícias não tenham nada a ver umas com as outras, que a sua sucessão seja casual e não causa”.

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