Há 52% dos portugueses a favor da estratégia, sendo que o apoio é ainda maior no regresso faseado às escolas (63%) e nas restrições durante a Páscoa (80%). A maioria dos portugueses considera que o plano de desconfinamento traçado pelo Governo é bom (52%) , contra 22% que entendem que é mau e outros tantos com opinião intermédia. Este é, no entanto, o parâmetro em que o agrado é mais contido, de acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF. No que toca à estratégia de reabertura das escolas e às restrições de circulação na semana da Páscoa, há mais apoio: a primeira é validada por 63% dos inquiridos e a segunda por 80%.
Segundo a sondagem, é no Norte e no Sul e ilhas que a população faz uma apreciação mais favorável do plano de reabertura do país em quatro fases, com 60% a considerarem-no bom. É também no Norte que se regista a percentagem negativa mais baixa (16%) neste tema. O Centro está no polo oposto, com 44% de avaliações positivas e o nível mais alto de negativas (26%).
Na divisão por
idades, constata-se que é o escalão dos maiores de 65 anos (66% de avaliações
positivas) que puxa a média para cima. Todos os outros estão abaixo do
resultado nacional, com valores entre os 44% e os 50%. E o grupo entre os 18 e
os 24 anos é o que faz pior avaliação: 30% consideram que o plano é mau, 8%
acima da média do país.
Pais desconfiam de
aulas
Quanto às escolas,
63% dos portugueses aprovam o regresso faseado às aulas presenciais. Dos
restantes, 19% dão nota negativa ao plano e 15% não o consideram nem bom nem
mau. O maior nível de satisfação neste capítulo verifica-se no Norte, onde a
taxa de aprovação do plano é mais elevada (69%) e a rejeição é menor (13%). Na
Área Metropolitana de Lisboa (AML) é onde a estratégia para as escolas menos
convence: apenas 58% estão a favor e 23% são contra.
Pelo critério
etário, os maiores de 65 anos são claramente os mais satisfeitos com o modo
como o ensino está a reabrir: 85% aprovam o plano e só 7% o consideram mau. A
faixa entre 35 e 49 anos (a da maioria dos pais com filhos na escola) é a que
dá menos nota positiva (49%, a única abaixo de 50%). A maior fatia de
desagradados (29%) verifica-se entre os 18 e os 24.
A proibição de
circulação entre concelhos é a mais consensual: 80% dos inquiridos consideram
que a medida é "adequada", contra 18% que a classificam como
"exagerada". Apenas 2% revelaram estar indecisos.
A diferença é
ainda mais acentuada na Área Metropolitana do Porto, com 86% a favor da
restrição e 13% contra. A região Centro é a que tem menos gente a concordar com
a medida (76%) e na AML está a maior fatia de opositores (22%).
Mais preocupados
Em fevereiro e em
março, 50% dos inquiridos responderam temer, sobretudo, os efeitos da pandemia
na economia e emprego. O número atinge os 59% entre os 18 e os 34 anos e os 60%
entre os 50 e os 54. Só depois vêm a saúde física e a mental.
25% dos homens
dizem que o plano de desconfinamento é mau, contra 19% das mulheres. 63% das
classes mais baixas aprovam os moldes da reabertura; o estrato mais alto é quem
mais critica (24%).
A perceção da
dureza do segundo confinamento atenuou-se. Em fevereiro, 52% consideraram que
este estava a ser "mais difícil" ou "muito mais difícil" do
que o primeiro, contra apenas 44% em março. A percentagem que o considerou
"mais fácil" ou "muito mais fácil" subiu de 17% para 22%,
mas para a maioria (44%) o confinamento foi mais difícil.
Em novembro, 62%
dos portugueses diziam-se muito preocupados com o vírus. Em março, esse
indicador estava nos 56% (mais 1% do que em fevereiro). Em novembro, 30%
estavam bastante preocupados; agora são 37% (Jornal de Notícias, texto do
jornalista João Vasconcelos e Sousa)
Sem comentários:
Enviar um comentário