terça-feira, junho 18, 2019

Nota: há "diversões" que cobrem sempre os mentores de ridículo

Li no DN local que a proposta de relatório de uma desnecessária, despropositada e politizada comissão de inquérito, forçada pelo PS local na Assembleia Regional, concluirá que o Governo Regional não favoreceu a AFAVIAS do empresário José Avelino Farinha.
Acrescenta a notícia que venho citando: “A AFAVIAS teve um tratamento igual às demais empresas de construção civil que também tinham valores em dívida a receber do Governo Regional, sem qualquer condição especial ou diferenciadora em seu proveito. Não existiram quaisquer pagamentos a mais, antecipados ou postecipados, mas antes o estrito e escrupuloso cumprimento da sentença judicial e da lei”.
A mesma proposta de relatório conclui que “a acusação dos autores da comissão de inquérito [dez deputados do JPP e do PS] revelou-se falsa e de má fé, uma vez que ficou provado que o vice-presidente do Governo Regional nunca foi administrador da AFAVIAS e que nunca foi interlocutor no processo de negociações em nome da AFAVIAS ou do Governo Regional”.
“Ficou evidente que, desde que iniciou as suas funções em Outubro de 2017, o vice-presidente do Governo Regional limitou-se a cumprir sentença judicial do dia 20 de Março de 2017 proferida no âmbito do processo n.º 127/15.4BEFUN do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, não existindo qualquer favorecimento do vice-presidente do Governo Regional à AFAVIAS”, lê-se no mesmo documento.

Obviamente que já todos perceberam que este relatório, mais um, será aprovado em plenário pela maioria social-democrata e que provavelmente encontrará alguma abstenção - por falta de provas concretas dado que nada foi apurado.
Calado o alvo político
É sabido que o Vice-Presidente, que politicamente colocou o "inquérito" partidário no seu devido lugar - a tentativa de ajuste de contas com um político que tem muito a ver com a inversão de uma tendência desgastante da imagem institucional que perigosamente se degradava - negou todas as insinuações e deixou claramente em cima da mesa a certeza quanto às reais motivações do PS local com esta proposta de inquérito partidarizado desde o primeiro dia - mas que levou a JPP a reboque, e veremos o que vai acontecer em Setembro... - dado que a opinião pública de um modo geral já tinha percebido que o alvo era o empresário José Avelino Farinha, na tentativa de o desgastar publicamente e de o envolver com o político (Pedro Calado) que em certa medida causou frustração no PS local agravada com o que se passou em 26 de Maio que gerou uma aflição e um desespero tremendo. Calado, para o PS, e suas bengalas, passou a ser o alvo preferencial, mais até do que o próprio Miguel Albuquerque, por muito estranho que isso possa parecer. No fundo o PS local que durante anos visou o grupo Sousa - quase todas as semanas era um alvo de declarações políticas no parlamento regional, de suspeições, de acusações, etc, lembro-me bem disso tudo  (e realço a decisão estratégica correcta, daquele grupo, de ignorar por completo, em termos comunicacionais e institucionais, tudo o que diziam os partidos no quadro da discussão política pura e dura) - encontrou uma alternativa, quiçá porque o investimento privado e a criação de emprego o incomoda.
Avelino Farinha só para disfarçar...
Só que a prestação do empresário José Avelino Farinha no parlamento, segundo apurei, foi preparada pelo próprio e terá sido determinante para se perceber o que estava em cima da mesa e quais as motivações subjacentes a esta iniciativa partidária e o vazio das insinuações. JAF lembrou os milhares de milhões de euros pagos em impostos na RAM, enumerou o montante dos investimentos realizados, em curso ou previstos pelo seu grupo, lembrando - e julgo que bastaria isso - a importância da seu estrutura empresarial, quer na economia regional, quer enquanto empregadora de mão-de-obra regional. Como foi referido, no final deste ano é provável que o grupo tenha perto de 2000 funcionários, ou seja, 2000 famílias a dependerem da estabilidade e da eficácia do grupo que tem investimentos noutras partes do país e no estrangeiro. Ou seja, basicamente podemos afirmar, sem margem de erro, que o empresário Avelino Farinha foi usado e metido ao barulho para disfarçar, já que o alvo essencial desta iniciativa partidária do PS local, apoiada pelas suas bengalas parlamentares, era sem dúvida o Vice-Presidente do Governo, Pedro Calado, pelo incómodo que o mesmo tem causado, no plano político, a determinadas estratégia, permitindo que Miguel Albuquerque vá para o terreno com total disponibilidade nesta fase do seu mandato.
O contratado
O PS-Madeira arranjou um tipo qualquer de Lisboa (só podia ser, é doença crónica que ainda vai lixar os madeirenses de novo se estes não tiverem juízo...) para falar na Comissão de Inquérito inventada pelos socialistas por causa das alegadas relações AFA-GRM. Tem piada porque andei à procura para ver esse tal Sousa abriu os queixos no escândalo das relações corruptas entre autarcas socialistas e empresas de conjugues ou se perorou alguma merda sobre o escândalo das relações familiares no governo da geringonça e a promiscuidade vergonhosa a ele associada. Nada, puto! Mas no caso da Madeira esse génio lá vomitou que o PSD-Madeira (imaginem um forasteiro "contratado" pelo PS-Madeira a querer dar ordens ao PSD-Madeira...) não devia ter levado Pedro Calado para o GRM por causa do seu passado na privada! Idiotices. (LFM)

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