"O número de mergulhadores subiu em flecha nas últimas
três décadas, com a democratização do ensino da modalidade. Os operadores
sentiram a crise mas dizem que ainda há muito por fazer e viram-se para o
mercado europeu, onde há 3,2 milhões de mergulhadores dispostos a viajar pelo
menos uma vez por ano. Portugal parece estar cada vez mais na rota do mergulho
mundial. Barcos que tombaram em batalhas épicas, navios da Marinha afundados,
bancos submarinos no meio do Atlântico, onde vivem baleias, focas e tubarões.
Não faltam pontos de interesse no mar que banha os mais de 2500 quilómetros da
costa portuguesa. Em números redondos, no continente e nas ilhas existem cerca
de 300 locais de mergulho. E se 97% do país é mar, quantos estarão ainda por
descobrir? Nos últimos anos, as escolas e centros de mergulho nasceram como
cogumelos em Portugal. Passaram de apenas meia dúzia no início da década de
1990 para quase 150 actualmente. O surgimento das agências internacionais de
certificação facilitou e democratizou o ensino da modalidade, até então
exclusivo para atletas e militares. A procura subiu em flecha, animada também
por um interesse crescente no ambiente e no turismo de natureza, que registou
um boom no início do século XXI. Porém, ninguém sabe quantas pessoas se
deixaram já encantar pelo “mundo do silêncio” revelado por Jacques Cousteau”.
(Veja aqui a reportagem do Publico assinada pela jornalista Marisa Soares com
infografias de Célia Rodrigues)