Cambada de ordinários e bandalhos. A carta de 26 de Maio, hoje divulgada, foi enviada um dia depois das eleições europeias. Os bandalhos negaram sempre e agora, porque estão apertadinhos divulgam a carta 17 dias depois de a terem enviado ao FMI, 17 dias depois de terem negado a sua existência. Corja de FDP ordinários. Já percebo por que Cavaco desmaia, basta olhar para o Passos Coelho...
Sobre este assunto li no Jornal I que ""o governo divulgou hoje a última carta enviada ao Fundo Monetario Internacional (FMI) no quadro da preparação do encerramento do programa de assistência a Portugal. A carta de intenções que revela os compromissos assumidos pelo governo tem a data de 26 de Maio, um dia a seguir à realização das eleições europeias. A exigência por parte do Partido Socialista de divulgação desta carta antes do acto eleitoral foi um dos temas quentes da campanha. O PS suspeitava que estaria a ser negociado um mini-memorando com novas medidas de austeridade. O governo sempre desvalorizou o conteúdo do documento, sublinhando que não estava contemplada nenhuma medida ou compromisso que não fosse já do conhecimento do país. As medidas e compromissos assumidos na carta de dez páginas endereçada a Christine Lagarde, directora-geral do FMI, correspondem grosso modo ao que está previsto no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) para o pós-troika e no guião mais completo para a reforma do Estado. A ministra das Finanças revelou hoje a decisão do governo de prescindir da última tranche da ajuda a Portugal, no valor de 2,6 mil milhões de euros. Segundo Maria Luís Albuquerque, esta decisão tem como objectivo evitar a reabertura do programa que o executivo considera encerrado, mesmo sem a luz verde à 12ª avaliação e o cheque final. A ministra explicou, após a reunião do Conselho de Ministros, que o governo teria de apresentar medidas de substituição às que foram chumbadas pelo Tribunal Constitucional até meados de Junho para cumprir o calendário formal de encerramento do programa até final desse mês. Maria Luís Albuquerque reafirmou que o governo não pode apresentar as alternativas antes de conhecer toda a dimensão dos efeitos orçamentais das decisões do Tribunal Constitucional. Esta limitação representaria uma incompatibilidade com o calendário do programa português. O que está em causa são questões substanciais que obrigariam a reabrir o programa. O governo preferiu não fazê-lo em nome da "credibilidade internacional reconquistada nos últimos três anos", aproveitando a capacidade de financiamento em mercado e a reserva susbtancial criada com a almofada financeira". Mas a dúvida persiste: será que não haverá mais algum documento (ou documentos) assinado e enviado pela corja ao FMI?