domingo, março 09, 2014

Fontes e "bufos"

Meio a brincar, meio a sério, dizia repetidamente que um dia, o Candelária (aliás ideia dele) e eu, que praticamente fizemos lado-a-lado, depois de 1991, muitos anos de política partidária, no terreno, em campanhas eleitorais, em comícios, em reuniões, em encontros meramente sociais, etc, íamos escrever um dia o livro de memórias desse tempo todo. Hoje, e de quando em vez, falamos nisso, mas percebemos que é tudo uma questão de oportunidade e de decisão...
Mas ainda sobre o meu anterior "post" relacionado com as "fofocas" e as fontes do blogue do Calisto, reconheço que há uns anos, depois de ter visto escarrapachado nas páginas de um jornal tudo o que se tinha passado na reunião da Comissão Política do PSD, quase ao pormenor, sustentei, penso que mesmo por escrito e neste blogue, que Miguel Sousa teria sido a base dessa informação.
Rapidamente percebi que as coisas não eram assim e apesar disso, nunca lhe pedi desculpa. Na altura o visado ficou agastado, compreensivelmente, acabei por deixar-me arrastar pelas ideias feitas, provavelmente porque ajudavam a desviar a atenção e a facilitar a tarefa aos verdadeiros bufos. Tempos depois, numa outra determinada reunião do Grupo Parlamentar do PSD local num concelho da zona oeste da Madeira, em que o MS não estava presente, a mesma situação, parecia uma ata da reunião!
Nunca lhe pedi desculpa pelo facto - as pessoas às vezes cometem esse erro, eu incluído - sabendo que o devia ter feito. Melhor dizendo, não devia ter cedido à tentação facilitista de escrever o que escrevi com base na dedução ou no diz-se diz-se que se revelou impróprio pelos fatos seguintes que descrevi como exemplo. Coisa rara, reconheço, mas que aconteceu.
Eu não me atrevo - era o que faltava - a apontar o dedo ou a criticar as pessoas que acham que fazem bem fazendo o que fazem. É lá com elas e com a consciência de cada um. Não concordo, considero que há uma linha vermelha da confiança, da reserva e mesmo da confidencialidade que não pode sequer ser pisada, muito menos ultrapassada. Mas não contem comigo, nem esperem isso da minha parte, que seja um moralista de causas que me transcendem. Apenas registo, mais nada.