Li no DN de Lisboa que "o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Garcia-Margallo, advertiu que uma declaração unilateral de independência na Catalunha "condená-la-ia a errar pelo espaço sem reconhecimento e a ser excluída da União Europeia para sempre". O governante falava durante um encontro com o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia e Desenvolvimento Sustentável da Georgia, Giorgi Kvirikashvili, organizado pelo Fórum Nova Economia, em que foi questionado pelo direito a decidir. "O direito a decidir exerce-se sempre dentro da lei", disse Garcia-Margallo. O chefe da diplomacia espanhola evocou o caso das regiões separatistas georgianas da Abkházia e Ossétia do Sul, cuja independência foi reconhecida em 2008 pela Rússia. Estas regiões "só contam com o reconhecimento internacional da Rússia, Venezuela, Nicarágua e de três micropaíses do Pacífico", adiantou. "Aqueles dois territórios, de um ponto de vista de reconhecimento internacional, estão num limbo jurídico", insistiu. Garcia-Margallo assinalou que uma declaração unilateral da independência na Catalunha -- "já que outra coisa não é possível, de acordo com a Constituição" -- condenaria a Catalunha "a errar pelo espaço sem reconhecimento e a ser excluída da União Europeia para sempre". Os "altíssimos riscos" da decisão devem ser conhecidos pela população da Catalunha, defendeu".