"Internacional mexicano não acedeu ao convite do seleccionador e abdicou de ir ao Brasil para disputar o Campeonato do Mundo. Quando faltam pouco mais de quatro meses para o início do Mundial 2014, ainda há muitos jogadores que não desistiram de mostrar aos respectivos seleccionadores que merecem um lugar entre os 23 convocados para disputar o Campeonato do Mundo. Há em Portugal um caso exemplar disso: Ricardo Quaresma regressou ao FC Porto e luta contra o tempo para convencer Paulo Bento que é opção para o torneio organizado pelo Brasil. O mesmo se passará em cada uma das 32 selecções finalistas. Mas no México há um exemplo da situação contrária – um jogador que entraria nas contas do técnico mas optou por dizer não ao Mundial.
Carlos Vela, internacional mexicano da Real Sociedad, anunciou publicamente que não está disponível para representar a equipa nacional no Campeonato do Mundo. O seleccionador Miguel Herrera não escondeu a estupefacção: “É muito estranho, porque vimos a frustração do Zlatan [Ibrahimovic] por não poder disputar o Mundial após a sua selecção ser eliminada, ou o pesar de Radamel Falcao pela lesão que o pode deixar fora [da selecção colombiana]. Oxalá não seja assim”, disse o técnico. O jogador, porém, está convicto da decisão tomada. Numa carta divulgada na rede social Twitter, o internacional mexicano de 24 anos – leva nove golos marcados na Liga espanhola – admitiu que não se sente “mentalmente a 100% para representar ou formar parte desta selecção”. “Só irão 23 jogadores ao Brasil. Alguns destes 23 viveram, desfrutaram e sofreram com esta qualificação, e não seria justo da minha parte que algum deles ficasse de fora para dar-me o seu lugar”, acrescenta Vela, que não foi utilizado pelos vários responsáveis técnicos do México durante a qualificação para o Mundial 2014. O futebolista mexicano não é o primeiro na história a abdicar, voluntariamente, de estar presente na fase final de um Campeonato do Mundo. No Brasil ficou conhecida a história de Julinho, visto na altura como o melhor extremo direito do futebol brasileiro, mas que renunciou a um lugar na “canarinha” que jogou o Mundial 1958. Tudo porque estava a actuar fora do Brasil (na Fiorentina, em Itália) e considerou que seria uma injustiça tirar o lugar a outro futebolista que actuasse no país. Quem foi à Suécia no seu lugar foi Garrincha, que com Pelé levou o Brasil ao título – e até deixou para trás um filho.
No Mundial 1978 várias selecções também não contaram com algumas das principais figuras: foi o caso da anfitriã Argentina, que não teve Jorge Carrascosa. No ano anterior, o então capitão da albiceleste tinha renunciado devido à ditadura militar que governava o país. Na altura a ausência de Johan Cruyff foi justificada pelos mesmos motivos, embora o mago holandês tenha explicado alguns anos mais tarde que na verdade houve razões pessoais (ameaças a ele próprio e à família) na base da decisão. O alemão Paul Breitner – campeão do mundo em 1974 – também não foi à Argentina, em parte por razões ideológicas, mas também por disputas com a equipa técnica e alguns colegas" (texto do jornalista do Público, Tiago Pimentel, com a devida vénia)
Carlos Vela, internacional mexicano da Real Sociedad, anunciou publicamente que não está disponível para representar a equipa nacional no Campeonato do Mundo. O seleccionador Miguel Herrera não escondeu a estupefacção: “É muito estranho, porque vimos a frustração do Zlatan [Ibrahimovic] por não poder disputar o Mundial após a sua selecção ser eliminada, ou o pesar de Radamel Falcao pela lesão que o pode deixar fora [da selecção colombiana]. Oxalá não seja assim”, disse o técnico. O jogador, porém, está convicto da decisão tomada. Numa carta divulgada na rede social Twitter, o internacional mexicano de 24 anos – leva nove golos marcados na Liga espanhola – admitiu que não se sente “mentalmente a 100% para representar ou formar parte desta selecção”. “Só irão 23 jogadores ao Brasil. Alguns destes 23 viveram, desfrutaram e sofreram com esta qualificação, e não seria justo da minha parte que algum deles ficasse de fora para dar-me o seu lugar”, acrescenta Vela, que não foi utilizado pelos vários responsáveis técnicos do México durante a qualificação para o Mundial 2014. O futebolista mexicano não é o primeiro na história a abdicar, voluntariamente, de estar presente na fase final de um Campeonato do Mundo. No Brasil ficou conhecida a história de Julinho, visto na altura como o melhor extremo direito do futebol brasileiro, mas que renunciou a um lugar na “canarinha” que jogou o Mundial 1958. Tudo porque estava a actuar fora do Brasil (na Fiorentina, em Itália) e considerou que seria uma injustiça tirar o lugar a outro futebolista que actuasse no país. Quem foi à Suécia no seu lugar foi Garrincha, que com Pelé levou o Brasil ao título – e até deixou para trás um filho.
No Mundial 1978 várias selecções também não contaram com algumas das principais figuras: foi o caso da anfitriã Argentina, que não teve Jorge Carrascosa. No ano anterior, o então capitão da albiceleste tinha renunciado devido à ditadura militar que governava o país. Na altura a ausência de Johan Cruyff foi justificada pelos mesmos motivos, embora o mago holandês tenha explicado alguns anos mais tarde que na verdade houve razões pessoais (ameaças a ele próprio e à família) na base da decisão. O alemão Paul Breitner – campeão do mundo em 1974 – também não foi à Argentina, em parte por razões ideológicas, mas também por disputas com a equipa técnica e alguns colegas" (texto do jornalista do Público, Tiago Pimentel, com a devida vénia)