sábado, agosto 17, 2013

FMI estima perda até 419 milhões com chumbo da requalificação



Li no Dinheiro Vivo que “as contas do Fundo Monetário Internacional estão feitas e são as únicas que discriminam quanto pode o Estado arrecadar - ou perder -com cada uma das medidas de corte na despesa de forma individualizada. Num olhar sobre o relatório do FMI na sétima avaliação, a instituição liderada por Christine Lagarde aponta para uma poupança estimada de 167 milhões de euros com a nova versão da mobilidade especial. Este programa de requalificação poderá render ao Estado 48 milhões de euros ainda em 2013 e concretizar uma poupança de 119 milhões de euros em 2014. A poupança prevista para o Estado português sobe para os 419 milhões se se juntarem as rescisões por mútuo acordo, que apenas entram em vigor no próximo ano. Mas com as dúvidas de Cavaco Silva, e o envio do diploma para uma fiscalização preventiva tudo o que até aqui era visto como poupança pode converter-se numa perda: Menos 167 milhões. Menos 419 milhões. Isto acontece porque o programa de requalificação dá força ao das rescisões, mas se não avançar, poderá acontecer exactamente o contrário e colocar em cheque a capacidade de o Estado arrecadar outros 252 milhões. O Presidente tem dúvidas se o diploma da requalificação respeita o conceito de "justa causa de despedimento, o regime de direitos, liberdades e garantias e o princípio da proteção da confiança". Isto porque ao fim de 12 meses a receber um salário inferior, os funcionários em mobilidade que não forem recolocados na função pública terão de rescindir contrato, não ficando protegidos do despedimento. Os 892 milhões de euros de poupança prevista (ver aqui) dizem respeito aos valores enviados por Passos Coelho à troika no início de maio. O valor tem em conta a mobilidade especial e as desvinculações dos funcionários públicos até final de 2015, não havendo detalhe em cada uma das componentes de poupança”