quarta-feira, abril 17, 2013

Merkel: “Sabemos que vai haver vítimas em muitos países” mas este é o caminho para um crescimento sustentável

Segundo o Jornal de Negócios, ”a chanceler alemã acredita que as políticas que estão a ser implementadas servirão para atingir uma estratégia de crescimento sustentável. Ainda que admita que a consolidação das contas públicas dos países vai fazer “vítimas”. “Sabemos que vai haver vítimas em muitos países”, mas “eu acredito que, no longo prazo, teremos de ter uma estratégia de crescimento sem ter de estar sempre a aumentar a dívida”, afirmou Angela Merkel durante uma conferência de imprensa, em Berlim, citada pela Bloomberg. A responsável referia-se à consolidação das contas públicas dos países que têm por base, a redução do endividamento e o corte dos gastos. Merkel diz-se “surpreendida” que seja defendido “em muitas partes do mundo – mesmo despois da crise financeira de 2008/2009 – que a principal questão é que estamos a crescer outra vez”, independentemente do custo associado. O aumento de dívida, continuou, “é muitas vezes” um argumento para servir o crescimento. Mas “tudo isso é falso”, adiantou, sublinhando que este tipo de política “não é sustentável no longo prazo”.
Merkel diz que é preciso evitar aperto do crédito nos países frágeis
Os bancos “têm de servir a economia, as pessoas” diz a chanceler alemã. Sector ainda não recuperou totalmente a confiança. É preciso avançar na regulação e resolver o problema dos grandes bancos que, pela sua dimensão, confiam que serão resgatados pelos Estados e seus contribuintes em caso de apuros. Falando em Berlim numa conferência organizada pela associação alemã de bancos, Angela Merkel advertiu nesta segunda-feira, 15 de Abril, que o sector ainda “não recuperou totalmente a confiança”.Citada pela agência Bloomberg, a chanceler alemã disse que não quer reabrir o debate sobre os rácios de capital, afirmando que a progressiva implementação das regras de Basileia III tem ido no bom sentido. Contudo, obrigar os bancos a terem reservas mais fortes deve ser uma directiva global, e é preciso avançar com a regulação de áreas que permanecem na “sombra”, como os derivados.Por outro lado, frisou, os bancos “têm de servir a economia, as pessoas” e “evitar aperto de crédito nos países mais frágeis”. A chanceler disse ainda que é preciso resolver o problema que se coloca com os “too big to fail”, referindo-se aos grandes bancos que, pela sua dimensão, confiam que serão resgatados pelos Estados e seus contribuintes em caso de apuros.