terça-feira, setembro 25, 2012

Governo prepara privatização de parte da Caixa Geral de Depósitos

Li no site da RTP que o Governo contratou a empresa de consultoria Deloitte para avaliar a Caixa Geral de Depósitos (CGD), com o objetivo de privatizar 40 por cento daquela instituição bancária, noticia a edição de hoje do Jornal de Negócios. O tema da privatização do banco do Estado já tinha sido levantado no último debate com o primeiro-ministro na Assembleia da República pelo Partido Socialista. António José Seguro avisou na altura Pedro Passos Coelho que o PS se oporia por todos os meios ao seu alcance à privatização da CGD. "Terá o PS pela frente se ousar privatizar a CGD. Não ouse, porque terá o PS pela frente", disse António José Seguro, recebendo uma prolongada salva de palmas da bancada socialista. Pedro Passos Coelho respondeu com evasivas a todas as tentativas dos deputados de conseguir mais informações sobre a eventual privatização da CGD, tendo mesmo a deputada Heloísa Apolónia de Os Verdes chamado a atenção para a falta de respostas do Governo para uma questão tão importante levantada pelo PS. "No dia em que o Governo tiver de anunciar alguma coisa relevante no que toca à CGD fá-lo-á seguramente e não o fará de forma escondida. No dia em que o Governo tiver alguma medida a tomar sobre a Caixa, não deixará de o fazer e até hoje não é conhecido que o Governo tenha tomado alguma posição no sentido de alterar as condições que hoje existem relativamente à CGD", disse apenas Passos Coelho. No sábado, o Expresso escreveu que a intenção do Governo, que já terá sido alvo de discussão entre o Ministério das Finanças e a troika, passa por vender 20 por cento do capital da CGD a investidores institucionais e outros 20 por cento ao público em geral, através da entrada em bolsa. Segundo o Negócios de hoje, a avaliação da Caixa Geral de Depósitos "poderá ficar abaixo dos 6.839 milhões de euros a que ascendia o seu capitall próprio no final de Junho". Os interessados nesta privatização poderão ser o Banco do Brasil, dizia ontem o Diário Económico, ou uma instituição financeira francesa, admite-se no seio do executivo”.