sexta-feira, maio 07, 2010

Não falam disto? Já há desemprego acima de 20% em Portugal...

O PS local anda muito interessado em discutir o drama do desemprego na Madeira, claro que a pensar mais em hipotéticos votos - como se eles não tivessem responsabilidades maiores na realidade nacional a este nível - do que preocupados com os problemas, dificuldades e ansiedades dos desempregados e do drama que estes vivem. Para a encenação socialista de hipocrisia e "preocupação" até não falta quem quase chore, mesmo estando bem de vida. Mas também podemos ir debatendo a realidade do desemprego no Continente - para não falar do RSI nos Açores, a Região que mais beneficiários tem a viver à custa do rendimento social de inserção!.. - por exemplo olhando para este texto do jornalista do Sol, João Paulo Madeira, segundo o qual "Portugal vive dias sem precedentes, pelos piores motivos. Há três décadas que o Instituto Nacional de Estatística calcula a taxa oficial de desemprego, que nunca esteve tão alta: 10,1%. Mas a média nacional esconde discrepâncias a nível regional, que as estatísticas oficiais não mostram. O SOL calculou as taxas de desemprego concelhias, com base em projecções da população activa local e nos desempregados inscritos nos centros de emprego. Há 35 concelhos com mais de 15% de desemprego.Nunca como hoje o desemprego esteve tão alto em Portugal. A taxa oficial, calculada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), atingiu 10,1% no último trimestre de 2009, o valor mais alto de que há registo nas séries do organismo. Mas o impacto em cada região não está a ser uniforme. Segundo cálculos do SOL, há 35 concelhos em que a taxa de desemprego é superior a 15%. E há quatro casos no Norte – Mesão Frio, Baião, Espinho e Castelo de Paiva – em que o número de desempregados é superior a 20% da população activa. José Costa, director da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, especializado em Economia Regional, frisa que os dois concelhos estão numa região «tradicionalmente problemática». A baixa qualificação da mão-de-obra e o relativo afastamento de grandes pólos industriais tornam a «estrutura económica muito débil», assente sobretudo na actividade agrícola e na construção civil. Com a crise da construção em Espanha – para onde muitos trabalhadores haviam emigrado –, é natural que a taxa de desemprego esteja a um nível elevado, conclui. Quanto a Espinho, o académico manifesta-se «algo surpreso», admitindo que a elevada taxa de desemprego naquela cidade possa dever-se à quebra de actividade económica nos concelhos limítrofes". Recomendo a leitura deste excelente trabalho do jornalista do Sol a que não faltam dois quadros informativos complementares:

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