domingo, outubro 25, 2009

Açores: sistema de saúde pública “está completamente falido"!

Segundio o Correio dos Açores, o presidente da Associação para a Promoção e Protecção da Saúde dos Açores (APPSA) afirmou recentemente que "o sistema de saúde pública na região “está completamente falido”, alertando para os “números preocupantes” da gripe A. “É uma visão completamente retrógrada e que não está assente em pilares essenciais do que é hoje a saúde pública. A situação de pandemia na ilha de S. Miguel foi gerida à volta de ordens dadas por pessoas que não são técnicos e contradizendo orientações de outros técnicos”, denunciou o médico Mário Freitas. Este especialista em saúde pública falava aos jornalistas em Ponta Delgada, no final de uma reunião que solicitou à Ordem dos Médicos para analisar a situação da gripe A (H1N1) no arquipélago. Segundo Mário Freitas, os dados desta doença nos Açores e, especialmente, em S. Miguel provam que “algo correu mal” e que “a vigilância epidemiológica falhou”. “Temos, na faixa etária entre os 10 e 29 anos, cerca de um quarto da população de S. Miguel infectada com o vírus da gripe A, o que é um valor bastante preocupante”, frisou Mário Freitas, que é também delegado de Saúde da ilha de S. Miguel. Para o presidente da APPSA, tendo em conta as condições climatéricas que se têm registado, “a taxa de incidência deveria ser muito inferior à actual”, pelo que voltou a questionar a capacidade técnica das autoridades regionais. “Só não existem mais casos em S. Miguel porque também começam a não existir mais pessoas susceptíveis para ficarem infectadas”, afirmou. Mário Freitas defendeu a necessidade de um serviço de saúde pública “integrado e multidisciplinar, articulado com as autoridades de saúde veterinárias”. “Proponho que, quando for revista a lei das autoridades de saúde regional, que está em revisão, se preparem serviços de saúde pública para o futuro, onde a vigilância epidemiológica seja algo já previsto”, afirmou. Por seu lado, o presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Eduardo Pacheco, disse que vão ser “analisadas algumas preocupações pertinentes” apresentadas pela APPSA, remetendo para mais tarde uma tomada de posição".

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