domingo, setembro 28, 2008

Futebol: lembram-se de Vitor Baptista? (II)

Pois este excêntrico jogador foi protagonista de um dos casos que mais abalaram o futebol nacional e que foi recentemente recordado devido ao facto de, recentemente, "o último treino do Brasil em Teresópolis ter saído caro a Vagner Love. O avançado do CSKA Moscovo perdeu um brinco no treino e com ele deixou no relvado uma fortuna. O brinco usado na orelha esquerda tinha cravado uma jóia e no total custa qualquer coisa como 40 mil euros. Um luxo que o jogador diz só poder ser adquirido na Europa. «Perdi mesmo», garantiu. «Estou triste e vou ter que comprar outro brinco. O problema é que só encontro como este na Rússia». A história não é original, tendo já acontecido em Portugal com Vítor Baptista, num dos episódios mais curiosos do futebol português. Aconteceu num jogo com o Sporting, que o Benfica venceu por 1-0 com um golo precisamente de Vítor Baptista. O jogador encarnado quando se apercebeu que tinha perdido o brinco impediu o reatamento da partida, obrigando até os companheiros de equipa (Humberto Coelho e Toni, por exemplo) a ajudá-lo a procurar a jóia. Acabou por nunca a encontrar e no final do jogo estava inconsolável, apesar da vitória no derby. «Acabei por perder dinheiro a trabalhar. O brinco valia doze contos e o prémio de jogo são só oito», disse. De regresso ao Brasil, também Vagner Love estava inconsolável. Só não disse que perdeu dinheiro a trabalhar, nem obrigou os companheiros a percorrer o relvado à procura do brinco. Há luxos que só se permitem às verdadeiras estrelas". Sobre ele li algures esta história: "Vítor Baptista. Estrela do Benfica na década de 70, campeão nacional cinco vezes, mas com muitas estórias de irreverência e até indisciplina para contar. A mais famosa é a «do brinco»: quando o avançado festejava exuberantemente o golo marcado ao Sporting em 1977/1978, perdeu o brinco que usava num abraço ao companheiro Cavungi. Vítor Baptista obrigou os jogadores (e, imagine-se, até o árbitro!) a procurarem o seu pertence. «O brinco custou-me 12 contos e penso que o prémio de jogo é oito. Perdi dinheiro a trabalhar», ainda afirmou, furioso. Não era por acaso que se intitulava «o Maior». Chegava a ir embora quando não era titular e daí os sucessivos problemas com os treinadores. E numa célebre jornada europeia do Benfica contra o Torpedo, adivinhe quem foi o único jogador a aparecer de calções e t-shirt no treino, com temperaturas bem negativas em Moscovo. Nessa altura já se falava de droga, dinheiro mal gasto em exuberâncias. Saiu do Benfica após uma «birra»: queria 650 contos de ordenado mais determinado veículo de luxo. Deram-lhe o carro e 550 contos; preferiu ir para o Vitória de Setúbal receber 100. Vitorino fez-lhe uma homenagem em forma de música".

Sem comentários: