sexta-feira, setembro 26, 2008

Cavaco pede Orçamento para 2009 contra a crise

Segundo o Diário Económico, "em Nova Iorque, o Presidente da República reafirmou que a crise está a atingir os portugueses. “É normal que os mais atingidos [pela crise financeira] tenham uma atenção especial por parte dos poderes públicos”. O Presidente da República, Cavaco Silva, responde assim à pergunta feita pela RTP, em Nova Iorque, sobre se o Orçamento do Estado deve ajudar as famílias a superarem os efeitos da crise económica. Mais: a duas semanas da apresentação do Orçamento na Assembleia da República, Cavaco explica que as medidas que propõe “não são para aqueles que compraram acções ou que têm investimentos em fundos de bancos norte-americanos”, ou seja, não são para as classes que menos sofrem com os aumentos das taxas de juro e a consequente diminuição do rendimento disponível. “Penso mais no cidadão comum”, diz o Presidente, que exige medidas concretas para ajudar as famílias a lidar com “as consequências do terramoto financeiro na economia real”.De visita aos Estados Unidos – o berço da crise financeira que se estendeu à economia real –, Cavaco Silva diz que as suas preocupações estão centradas “na criação de emprego, no crescimento da economia e no combate às bolsas de pobreza” que o Presidente teme virem a ser criadas quando a crise chegar em força à Europa. Os economistas contactados ontem pelo Diário Económico dizem que a situação económica ainda vai piorar nos próximos meses, fruto do aumento das taxas de juro, do aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos e da evolução da economia europeia, principalmente da espanhola.Cavaco Silva concorda: “a Europa e Portugal são afectados, apesar de a banca portuguesa, directamente, não ir ser muito atingida”. O problema é que “os cidadãos é que vão”. O Presidente explica que “as vítimas mais directas são aquelas que têm de pagar a prestação da casa e aqueles que precisam de pedir crédito à banca”. De resto, também os bancos portugueses poderão sofrer, porque “talvez enfrentem maiores dificuldades de financiamento no exterior”. Veja aqui a notícia da RTP sobre este assunto.

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