quinta-feira, junho 26, 2008

TAP falida? (I)

Li no Diário Económico, num texto da jornalista Hermínia Saraiva, que "Fernando Pinto acordou com a tutela chegar aos 68 milhões de lucros este ano. Mas se o petróleo se mantiver nos níveis actuais a empresa terá os piores resultados dos últimos 15 anos.Os piores resultados dos últimos quinze anos. Será isso que 2008 reserva à TAP se o preço dos combustíveis insistir em manter-se no nível mais elevado de sempre. Um prejuízo de 150 milhões de euros, que só é ultrapassado pelos 181,49 milhões de resultado negativo registado em 1993. E bem longe dos 65 milhões de euros de lucros acordados com a tutela, por via do contrato de gestão da empresa, para este ano.Razão suficiente para o presidente da TAP continuar com “uma campanha de informação massiva” juntos dos trabalhadores.Fernando Pinto juntou ontem no refeitório da TAP mais de 1.500 pessoas divididas por dois turnos. E nenhuma gostou do que ouviu: “Os trabalhadores não estão nada receptivos, com a excepção dos quadros superiores, que recebem um bom prémio, coisa que o presidente não conseguiu dismistificar”, disse ontem ao Diário Económico Vitor Baeta, da Comissão de Trabalhadores da TAP. Prémios que, segundo a mesma fonte, atingem os 3,5 milhões de euros e que, se não fossem atribuídos, permitiriam à TAP fazer uma revisão salarial na ordem dos 2,5%.E os trabalhadores recusam o cenário traçado pelo presidente da TAP: “Como temos conhecimento dos números, fizemos-lhe ver que o orçamento deste ano é bastante minimalista em relação aos combustíveis”, diz Victor Baeta.Mas há mais motivos de insatisfação. Fernando Pinto terá ainda deixado no ar a possibilidade de “retirar direitos que estão consignados na lei e mexer nos acordos de empresa”. Regalias que passam pela “dispensa do banco”, que autoriza os trabalhadores da TAP a ausentarem-se do trabalho durante cerca de três horas por mês, ou pelas “facilidades de passagem”, que permitem viajara por preços inferiores, mas que estão a ser limitadas em caso de repetidas ausências por doença ou processos disciplinares". Um tema também abordado pela jornalista Ana Torres Pereira no Jornal de Negócios. Segundo ela, "a TAP registou prejuízos de 102 milhões de euros, até Maio, mais do dobro do registado no período homólogo, influenciados essencialmente pelo aumento do preço do combustíveis, disse Fernando Pinto em conferencia de imprensa. Segundo o mesmo responsável, numa conferencia de imprensa para explicar a crise, a companhia aérea enfrenta problemas “muito sérios”. A TAP, neste período “teve um gasto adicional de combustível de 100 milhões de euros quando era previsto 50 milhões”, acrescentou o presidente da TAP".
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- Fernando Pinto afasta cenário de despedimentos - Em entrevista ao Telejornal, o presidente executivo da TAP sublinhou que "em cinco meses 24 empresas de aviação fecharam". Fernando Pinto afastou ainda o cenário de despedimentos na transportadora portuguesa, que registou prejuízos de 102 milhões de euros entre Janeiro e Maio (veja aqui o vídeo com a notícia da RTP)
- TAP regista prejuízo de 102 milhões de euros de Janeiro a Maio - A Transportadora Aérea Portuguesa acumulou prejuízos que chegam aos 102 milhões de euros entre Janeiro e Maio deste ano. O presidente da empresa atribui o resultado ao aumento do preço dos combustíveis (veja aqui o vídeo com a notícia da RTP)
- TAP anuncia plano de emergência - Nos primeiros cinco meses do ano, a companhia registou um prejuízo de 102 milhoes de euros. É uma reviravolta nos resultados que a TAP explica com a escalada dos combustíveis (veja aqui o vídeo com a notícia da RTP)

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