Termina hoje em Roma uma conferência internqacional da FAO (se quiserem acompanhar esta iniciativa e ter acesso aos documentos, deixo o link aqui, em espanhol) durante a qual "os 193 países na cimeira da FAO em Roma aprovaram uma declaração final que deverá comprometê-los a lutar por todos os meios" contra a crise alimentar, mas sem avanços nas questões das subvenções e dos biocombustíveis. Este documento estava hoje de manhã a ser alvo de intensas negociações, de acordo com responsáveis da organização da ONU para a alimentação e agricultura (FAO)". Ontem li no site do Banco Mundial que "el presidente del Grupo del Banco Mundial, Robert B. Zoellick , dijo hoy que la cumbre de Roma debería comprometerse a ayudar a los 20 países más vulnerables durante las próximas semanas, antes de que el aumento de los precios de los alimentos arrastre a millones de personas a la pobreza o la malnutrición. Al delinear tres medidas prioritarias para la reunión de Roma en relación con la crisis de los alimentos, el Sr. Zoellick sostuvo que los organismos y los gobiernos que participan de la conferencia deberían también comprometerse a distribuir semillas y fertilizantes entre los pequeños agricultores durante la próxima temporada de siembra y acordar un llamamiento internacional para que se eliminen las prohibiciones y las restricciones a la exportación de alimentos". Sobre este tema deixo duas sugestões:
- Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de Agricultura para o Desenvolvimento (Visão Geral), aqui;
- Informe sobre el desarrollo mundial 2008: Agricultura para el desarrollo, aqui.
No Publico a jornalista Ana Fernandes num texto intitulado "Líderes pedem duplicação da produção até 2050", refere que "responsáveis das Nações Unidas e alguns chefes de Estado consideraram ontem essencial duplicar a produção de alimentos até 2050. No primeiro dia da cimeira da alimentação, que decorre até amanhã em Roma, as atenções focaram-se nos presidentes do Irão e do Zimbabwe, mas todos acabaram por concordar: é urgente a adopção de soluções. Com o mundo abalado pela escalada dos preços da alimentação, 40 chefes de Estado, 150 ministros da Agricultura e diversas organizações não governamentais confluíram para Roma para dar conta da necessidade de adoptar uma acção colectiva urgente. Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apresentou o primeiro esboço do plano de acção que está a ser preparado pelo grupo de trabalho criado para tentar encontrar soluções (ver caixa). Do enunciado de soluções, há questões pacíficas que exigem a solidariedade internacional, como o apoio ao desenvolvimento agrícola dos mais pobres, mas também questões polémicas, como o proteccionismo e os subsídios nos países ricos. Assim como os biocombustíveis". O mesmo jornal e a jornalista, dão a conhecer as linahs essenciais de um "Plano de Acção" da ONU, aqui. Leia ainda: Fome é um problema em África - A fome está a tornar-se um grave problema em África já que a chuva não cai e o milho está a escassear (veja aqui o video com a notícia da RTP); Países mais pobres voltam a pedir ajuda para enfrentar fome - Dirigentes de todo o Mundo reuniram-se numa cimeira em Roma para discutir o aumento do preço dos alimentos (veja aqui o video com a notícia da RTP). Hoje, no Publico, a jornalista Ana Fernandes escrevia, num texto com o título "Biocombustíveis no topo das divergências na Cimeira da Alimentação em Roma", que "o suspense até ao fim parece fazer parte do código genético das conferências das Nações Unidas - ontem, a um dia do fim da Cimeira da Alimentação, em Roma, as negociações sobre a declaração final dividiram os países e ameaçaram o acordo final. Os biocombustíveis eram um dos principais pontos de divergência.Desta conferência, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), não se esperam grandes decisões. É um ponto de partida para rondas negociais de maior peso, como o encontro do G8 (países mais industrializados) ou a Organização Mundial de Comércio. Mas nem assim se livrou de albergar desentendimentos.O texto inicial da declaração já foi várias vezes reescrito e ontem voltou a sê-lo. Depois de uma leitura linha a linha em que já ninguém se entendia, os dois secretários do grupo de trabalho reuniram-se para redigir um novo texto. Que tem ainda de receber o acordo dos países". Nesta " CONFERENCIA DE ALTO NIVEL SOBRE LA SEGURIDAD ALIMENTARIA MUNDIAL: LOS DESAFÍOS DEL CAMBIO CLIMÁTICO Y LA BIOENERGÍA" da FAO foi apresentado um excelente documento (55 páginas, aqui) intitulado "AUMENTO DE LOS PRECIOS DE LOS ALIMENTOS: HECHOS, PERSPECTIVAS, IMPACTO Y ACCIONES REQUERIDAS", que recomendo. Finalmente leia aqui, no site da FAO, para ficar a saber que "El mundo sólo necesita 30 000 millones de dólares anuales para erradicar la amenaza del hambre".
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