Eu também concordo. Uma coisa são os erros que, por escrevermos apressados e tarde, inadvertidamente damos, outra coisa são os sistemáticos "batatões" que impedem que Fernando Pessoa, Eça, Camilo, Camões e outros vultos da literatura portuguesa, tenham direito à paz eterna. Coitados, eles estão permanentemente em sobressalto. Por isso, como o trabalho é quase nenhum e o próprio cargo nem é carne nem é peixe, nada melhor que ler minuciosamente os ofícios, os anexos, os diplomas e assinalar a vermelho sublinhado os erros de português, quer de sintaxe, quer de ortografia (aí a fonética como ajuda tanto...). Não há "corridinhos". Não foi em Portugal que há uns anos disseram que uma simples vírgula metida num diploma deu direito a não sei quantos milhões de lucro a favor não me lembro já de quem? Ora se a ideia é passar um atestado de menoridade intelectual e ortográfica a governantes, parlamentares e serviços públicos, então vai ser lindo! Vamos ter que passar a ter "comissários de língua portuguesa" junto do Ministérios, escolas, instituições públicas, redacções de meios de comunicação social, editoras, etc. E pelos vistos não falta gente disponível.
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