domingo, maio 11, 2008

PSD: os congressos com Sá Carneiro

No I Congresso realizado no Pavilhão de Desportos, em Lisboa, a 23 e 24 de Novembro de 1974, Francisco Sá Carneiro foi eleito Sercretário-Geral do partido, tendo uma Comissão Política da qual faziam parte:Alexandre Bettencourt, Alfredo Morgado, António Rebelo de Sousa, Artur Santos SilvaCarlos Mota Pinto, Carlos Macedo, Francisco Pinto Balsemão, Joaquim Magalhães Mota, João Castilho Duarte, Jorge Figueiredo Dias, Jorge Sá Borges, José Ferreira Júnior, José Manuel Ramos, Júlio Castro Caldas e Miguel Veiga. O chamado Conselho de Fiscalização era integrado por António Leite de Castro, Joaquim Lourenço, Jorge Correia da Cunha, Marcelo Rebelo de Sousa, Mário Montalvão Machado, Nuno Rodrigues dos Santos e Rui Machete.
No II Congresso, realizado em Aveiro, foi eleito um secretariado nacional, integrando os seguinte s nomes (e do qual saiu depois o líder do partido, secretario-geral): Francisco Sá Carneiro, Joaquim Magalhães Mota, Rui Machete, Artur Cunha Leal, José Ferreira Júnior, Helena Roseta, António Sousa Franco, Sebastião Dias Marques, José Manuel Toscano, José Vitorino, Eugénio Mota, Afonso Moura Guedes, José António Vieira da Cunha, Maria Luís Salinas, Pedro Oliveira, Amândio de Azevedo, João Martelo de Oliveira, Fernando Pinto, Eduardo Gomes, António Rebelo de Sousa e Guilherme de Oliveira Martins.
No III Congresso realizado em Leiria em 30 e 31 de Outubro de 1976, Sá Carneiro ascende à Presidência da Comissão Política do partido, cargo entretanto criado, tendo como Vice-Presidentes da Comissão Política António Barbosa de Melo, António Sousa Franco e Rui Machete. Joaquim Magalhães Mota era o secretário-geral
No IV Congresso, em Leiria, a 30 e 31 de Outubro de 1976, Sá Carneiro foi eleito Presidente da Comissão Política Nacional do partido, tendo como vices, António Barbosa de Melo, António Sousa Franco e Rui Machete. Joaquim Magalhães Mota era o secretário-geral.
No V Congresso, realizado no PORTO, a 28 e 29 de Janeiro de 1978, António Sousa Franco foi eleito Presidente da Comissão Política Nacional, da qual faziam parte o secretário-geral, Sérvulo Correia e os vogais António Marques Mendes, Vieira da Cunha, Aires Querubim, José Ferreira Júnior, Joaquim Magalhães Mota, José Furtado Fernandes, Pedro Roseta, Artur Cunha Leal, José Andrade e Joaquim Alfaia.
No VI Congresso, em Lisboa, a 1 e 2 de Julho de 1978, Sá Carneiro foi eleito Presidente do partido, ten do Menéres Pimentel como Presidente da Comissão Política Nacional, da qual fazia parte o secretário-geral, Amândio de Azevedo e os vogais: Alberto João Jardim, Ângelo Correia, Afonso Moura Guedes, Eva Miranda Xavier, Eurico de Melo, Helena Roseta, Jorge Francisco Pinto Ganhão, Leonel Santa Rita Pires, Pedro Paes de Vasconcelos e Tomás Oliveira Dias.
No VII Congresso, em Lisboa, a 16 e 17 de Junho de 1979, Sá Carneiro foi reeleito Presidente do partido. A Comissão Política Nacional passou a ser liderada por Leonardo Ribeiro de Almeida, o secretário-geral era António Capucho e os vigais: Amândio de Azevedo, Ângelo CorreiaAntónio Cabecinha, Carlos Macedo, Eurico de Melo, Francisco Pinto Balsemão, Helena Roseta, José Manuel Barradas, Mário Adegas e Tomás Oliveira Dias. Estre viria a ser o últyimo Congresso com Sá Carneiro.
No VIII Congresso, uma vez mais realizado em Lisboa no Pavilhão dos Desportos, de 20 a 22 de Fevereiro de 1981, foi eleita uma Comissão Política Nacional liderada por Francisco Pinto Balsemão, tendo como "vices",Carlos Macedo, Fernando Amaral, Ângelo Correia e Mário Raposo. O Secretário-Geral era António Capucho.
***
Li há pouco tempo num texto de André Abrantes Amaral que me parece retratar com alguma felicidade, a referência do PPD/PSD: "Sá Carneiro gostava do poder, lutava por ele e nessa luta dava tudo o que tinha. Arriscava. Avançava e recuava. Baralhava os adversários e surpreendia os aliados. Tinha um projecto em mente, mas adaptava a estratégia de acordo com a maré do momento. Era um animal político excepcional. A juntar-se a esta inestimável qualidade, Sá Carneiro não queria o poder pelo poder, mas com o intuito de o usar para os fins que considerava dignos. Sá Carneiro não era um liberal no sentido que o utilizamos hoje mas, ao não partilhar dos ideais socialistas, era contra sistema. Outra característica muito pouco portuguesa. Era contra, mas quis mudá-lo por dentro, de forma pacífica, sem revoluções, através de uma reforma digna desse nome. O então líder do PSD, que nunca receou enfrentar os barões do seu partido, julgava ser a altura de acreditar nos portugueses. Viver a política sem limites, ter uma perspectiva a longo prazo, adequando as mudanças possíveis às condições do presente, conseguir forçar as mudanças, dramatizando mas sem radicalizar a acção política. Num país com um receio enorme em analisar o seu passado, o exemplo de Francisco Sá Carneiro é sempre de relembrar".

Sem comentários: