Conhecendo Pedro Magalhães, docente da Universidade Católica - com quem aprendi a encarar com cuidado reforçado estas sondagens, particularmente lendo atentamente a ficha técnica... - era inevitável que abordasse o tema da Madeira no seu blogue. Fê-lo ontem, mais um contributo para que se encare tudo isto de uma forma distante e sem exageros:

Como se vê, algumas discrepâncias importantes. Não admira. Para além de sondagens serem sondagens e não serem previsões, etc. e tal, há duas coisas nestas eleições que me causam maior incerteza sobre a relação entre estas estimativas e os que possam vir a ser os resultados do dia 6. Primeiro, a enorme vantagem do incumbent, factor que costuma gerar desmobilização por certeza de vitória e passagem de voto útil para voto sincero (a segunda potencialmente agravada pela mudança no sistema eleitoral). A segunda é o próprio contexto social, mediático e político da Madeira. Nunca tivemos, na Católica, tantas recusas para responder a uma simples simulação de voto em urna como aqui na Madeira: 1/3 de todos os contactados. E há quem pergunte - garanto-vos - se depois de responderem à sondagem têm de ir votar na mesma no dia 6 ou se "já está", ou mesmo "o que é isso de uma sondagem?". Realmente, o hábito de responder a sondagens não existe, e há, por outro lado, uma opção política que é de tal forma dominante que quem a não partilha parece hesitar em declará-lo. Digo eu, porque uma recusa é uma recusa, sabe-se lá o que quer dizer. Mas não deve ser por acaso que a percentagem de recusas seja maior quanto menos "laranja" é a freguesia... Em resumo, fazer sondagens aqui é outra coisa. Seja como for, as dificuldades são iguais para todos. Vamos ver no que isto dá...
Estão a ver? Eu apenas estou a ajudar a impedir maiores desesperos. Aguardemos todos pela noite de 6 de Maio, sem festas antecipadas, sem conclusões precipitadas, sem frustrações demasiado..."madrugadoras".
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