Lei eleitoral

Uma das principais críticas dos partidos da oposição relacionava-se com o “desperdício” de votos nos concelhos-círculos, pelos partidos que não elegiam deputados, facto que permitia um desfasamento percentual entre a votação e a representação parlamentar. Por exemplo (tomando como referência as regionais de 2004):
Resultados:

PSD 53,70%
PS 24,40%
CDS/PP 7,00%
PCP 5,5%
BLOCO 3,7%

Mandatos:

PSD 64,7%
PS 27,9%
CDS/PP 2,9%
PCP 2,9%
BLOCO 1,5%

Na comparação entre a percentagem eleitoral e a percentagem da respectiva representação parlamentar, vemos o PSD com mais 11%, o PS com mais 3,5%, o CDS/PP com menos 4,1%, o PCP com menos 2,5& e o Bloco de Esquerda com menos 2,2%, acabando por ser estes pequenos partidos, os que mais razões de queixa teriam da anterior lei eleitoral. O PSD seria o menos "queixoso", enquanto que o PS era o partido que via aproximar-se mais a percentagem eleitoral da percentagem de mandatos eleitos. Curiosamente, era o mais barulhento e reivindicativo...