domingo, outubro 23, 2022

Nota: o PSD de Montenegro e a TAP

 

Afinal o que é que o PSD fazia no caso da TAP? Fechar a empresa? Continuar a injectar dinheiro público que não resolve os problemas da empresa? Aplicar um plano de recuperação (?) que ninguém garante tenha sucesso, aprovado por Bruxelas? Ou privatizar a companhia para que o OE deixe de ter encargos de milhares de milhões com uma empresa que apesar dos resultados operacionais positivos, continua a braços com os condicionalismos decorrentes de enormes prejuízos acumulados? Um partido da oposição que pretende ser alternativa de poder, não pode ir a reboque de agendas mediatizadas e acreditar que só por beneficiar de espaço mediático nos meios de comunicação, isso resolve os problemas todos. Criticar as decisões tomadas é fácil, manipular a discussão pública é fácil, optar por uma lengalenga populista é ainda mais fácil. Mas afinal que alternativa para a TAP defende este PSD para-passista de um Montenegro saudosista de Passos, e que legitima a discussão sobre qual a intenção realmente subjacente a este assalto montenegrista ao poder no PSD? A repetição das patifarias das negociatas da privatização da TAP, formalizada já depois das eleições de 2015 e assinada já a altas horas da noite, para que o negócio, nomeadamente os seus "anexos", passasse despercebido da opinião pública? A privatização a favor de uns oportunistas que apenas agravaram a situação financeira da TAP? A auditoria à empresa enviada ao Ministério Público vai colocar tudo em pratos-limpos! Foi isso um bom negócio? Os problemas da TAP não começaram, com o governo de Passos, certo. Também não começaram com os governos socialistas de Sócrates ou de Costa, certo. O problema da TAP começou quando a concorrência no sector da navegação aérea se acentuou com a chegada das low-cost e com a impreparação de companhias de bandeira protecionistas que não estavam preparadas para uma concorrência feroz de novas empresas privadas e para as crises cíclicas, mais recentes, num sector que depende de factores exógenos que não controla (LFM)

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