Quatro em cada dez pessoas infetadas com Covid-19 não apresentam sintomas – mas ainda são potenciais propagadores da doença, sem o saberem, de acordo com um novo estudo citado pelo ‘NY Post’. As descobertas, publicadas no JAMA Network Open, mostram que 40,5% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 em todo o mundo estavam assintomáticas. Os investigadores disseram que isso destaca a “transmissão potencial” do vírus sem que as pessoas o saibam, especialmente em determinados ambientes. “A triagem para infeção assintomática é necessária, especialmente para países e regiões que controlaram com sucesso o SARS-CoV-2”, disseram os investigadores da Universidade de Pequim.
A equipa acrescentou ainda: “As infeções assintomáticas devem ser tratadas de forma semelhante às infeções confirmadas, incluindo com isolamento e rastreio de contactos”. A análise reuniu 95 estudos cobrindo quase 30 milhões de pessoas testadas para o vírus e descobriu que 0,25% – ou um em cada 400 – eram assintomáticos. Esses números foram maiores em lares de idosos (4,52%), viajantes (2%) e grávidas (2,3%), descobriram os investigadores. Contudo, entre os casos confirmados do vírus, o número subiu para mais de 40,5%. Para além disso, cerca de 54% das grávidas com casos confirmados eram assintomáticas, em comparação com 53% dos passageiros de aviões ou cruzeiros e 48% dos residentes de lares ou funcionários, de acordo com o estudo.
“A alta percentagem de infeções assintomáticas destaca o risco potencial de transmissão de infeções assintomáticas nas comunidades”, concluiu o estudo. Min Liu, professor de epidemiologia e bioestatística da Universidade de Pequim sublinha que “estes resultados mostram a necessidade de testes de Covid-19 abrangentes, enquanto as pessoas com infeções assintomáticas também devem ficar isoladas e passar por rastreio de contactos” (Multinews, texto da jornalista Simone Silva)
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