sexta-feira, abril 17, 2020

Os desafios da aviação comercial

Pondera? Mas alguém duvida que isso de aviões tipo "cargueiro de pessoas", umas em cima das outras e com menos espaços entre cadeiras,  vai acabar? Alguém duvida que as companhias aéreas se não tomarem essas medidas não terão passageiros? Desconfio que os produtores de aviões vão ganhar dinheiro porque as companhias aéreas com menos lugares os seus aviões vão precisar de mais aparelhos e de mais funcionários para mantrem as rotas anteriores e os fluxos de passageiros que antes da pandemia transportavam. Ou estarei errado? A aviação comercial nunca mais será como antes - o mesmo nos estádios de futebol, combóios, transportes públicos, nos restaurantes,  nos grandes armazens que terão que controlar acessos, nas escolas, na dimensão das salas de aula - logo novos métodos de ensino ou mais professores e pessoal -  etc, etc. Tudo isto até termos uma vacina ou medicamentos que garantam um combate eficaz à pandemia, a este a a outras que se seguirão, sem qualquer dúvida. Por isso o "ponderar" desta notícia tem que mudar para "mudar" obrigatoriamente! (LFM)
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EasyJet de olho na segurança dos passageiros: pondera deixar lugares do meio vazios

Johan Lundgren, CEO da easyJet, propôs que os lugares do meio das aeronaves operadas pela companhia aérea não sejam vendidos. De olho na segurança dos passageiros, a empresa espera garantir a distância necessária entre pessoas para que se sintam mais confortáveis a viajar com a easyJet. Desde 30 de Março que a frota de cerca de 320 aviões da easyJet está em terra e não se sabe quando regressará ao trabalho, mas o mundo pós-pandemia já começa a ser preparado. Especialmente numa altura em que alguns países já ponderam levantar parte das restrições de confinamento – recorde-se que a Comissão Europeia divulgou ontem um guia de recomendações para todos os Estados-membros interessados em aliviar as medidas impostas aos cidadãos e companhias.
Em declarações reportadas pelo The Guardian, o CEO da easyJet explica que a ideia de manter os lugares do meio vazios prende-se com a previsão de que o número de passageiros será reduzido numa fase inicial – que ninguém sabe quanto tempo durará. Por seu turno, o CEO da Ryanair considera que deixar os bancos do meio vazios é um plano de «loucos» e que nãos erá eficaz. Michael O’Leary sublinha que seria uma estratégia deficiente em termos económicos para a maioria das companhias aéreas. «Estamos em diálogo com os reguladores que estão sentados nos seus quartos a investir restrições, como retirar o banco do meio – que não tem qualquer sentido», disse Michael O’Leary à Reuters.

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