quinta-feira, abril 30, 2020

Regresso gradual à normalidade muda foco da pandemia: China torna-se o culpado perfeito

A pandemia do novo coronavírus parece estar finalmente a desacelerar em muitos países do mundo, o que faz com que o regresso gradual e cauteloso à normalidade esteja já a ser preparado por muitos deles, começando a partir do mês de Maio. Agora que a maior preocupação parece ter sido ultrapassada, é altura de mudar o foco e pensar em culpados que justifiquem a propagação e a dimensão da epidemia. Trump, o líder norte-americano, já disse por diversas vezes que ia apurar a origem do vírus, culpando na maior parte delas a China, país onde o surto começou, pelos impacto negativo da epidemia, avança o ‘The Guardian’. Da mesma forma a Austrália prometeu esta quarta-feira uma investigação sobre as causas da pandemia, ainda que a China tenha dito que poderá boicotar as importações de bens e serviços no país. «A Austrália continuará a adotar esse curso de ação extremamente razoável e sensato. Este vírus já matou mais de 200.000 pessoas em todo o mundo e paralisou a economia global. As implicações e os impactos são extraordinários», afirmou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. Noutra situação encontra-se a Alemanha, que para já, não quer tomar nenhuma posição relativamente à situação, ainda que o jornal alemão ‘Bild’, já tenha apresentado uma factura à China no valor de 149 mil milhões de euros defendendo que «é isto que a China nos deve». O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ainda não quis manifestar-se, contudo o seu substituto, Dominic Raab, admitiu que a China vai ter que prestar contas. «Não há dúvida de que não podemos fazer negócios como antes depois desta crise», disse o responsável a 16 de Abril, acrescentando que «Vamos ter de colocar questões difíceis sobre como é que tudo surgiu e porque é que o vírus não foi travado mais cedo» (Executive Digest, texo da jornalista Simone Silva)

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