terça-feira, abril 21, 2020

Nota: quantas cadeias de transmissão existem na RAM?

Há uma informação que considero, pessoalmente falando, muito importante para termos um retrato mais fiel do que se passa com o covid129 na RAM, sem estarmos reféns apenas de uma única fonte oficial totalmente standarizada, mesmo que eu até perceba a gestão das informação passada para a comunicação social:
- no actual estado da pandemia na RAM, quantos são as cadeias de transmissão já identificadas pelas autoridades, quantas pessoas (positivas) estão ligadas a cadas uma delas e quais as ramificações das mesmas na RAM?
- Quais as cadeias de transmissão importadas e quais as que têm ligações ao estrangeiro e ao Continente (Lisboa ou Porto) e quantas pessoas (positivas) estão associadas a cada uma delas?
- Quantas destas cadeias de transmissão estão devidamente identificadas desde a origem - o chamado doente 0 de cada uma delas - até ao último doente positivo confirmado? Existem cadeias de transmissão locais já identificadas desde a origem ou em processo de investigação, e quantas e com que ramificações concelhias, caso existam como parece ser o caso?
- Como se explica que o Porto Moniz seja, e ainda bem para a sua população - onde há uma elevada taxa de idosos - o único concelho da RAM que não tem qualquer caso confirmado? Existem factores demográficos, sociais, médicos, ou outros, que expliquem isso?
- E os dois outros concelhos da costa norte da RAM - São Vicente e Santana - apesar de terem casos suspeitos, não têm, e ainda bem, qualquer caso confirmado. Existem razões plausíveis para explicar esse fenómeno?
Refiro que Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos totalizam 499 dos casos suspeitos na RAM, 72,4% do total, 78,8% dos casos confirmados e 30,8% dos recuperados (que passa a 40% se excluirmos os turistas estrangeiros não residentes).
Ao invés disso, os três concelhos do Norte da ilha, Porto Moniz, Santana e São Vicente, representam 3,8% dos casos suspeitos não havendo casos confirmados nem recuperados, repito, e ainda bem, apesar de uma população distribuida predominantemente pelos escalões etários mais altos. Há razões de ordem demográfica, médica ou económica para explicar, a concentração de casos no eixo Câmara de Lobos-Funchal-Santa Cruz? Ou é tudo um mero acaso já que Machico também apresenta valores residuais, apesar de ser dos municipios com mais população, no fundo tal como a Ribeira Brava? (LFM)

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