Há uma informação que considero, pessoalmente falando,
muito importante para termos um retrato mais fiel do que se passa com o
covid129 na RAM, sem estarmos reféns apenas de uma única fonte oficial
totalmente standarizada, mesmo que eu até perceba a gestão das informação passada
para a comunicação social:
- no actual estado da pandemia na RAM, quantos são as
cadeias de transmissão já identificadas pelas autoridades, quantas pessoas
(positivas) estão ligadas a cadas uma delas e quais as ramificações das mesmas
na RAM?
- Quais as cadeias de transmissão importadas e quais
as que têm ligações ao estrangeiro e ao Continente (Lisboa ou Porto) e quantas
pessoas (positivas) estão associadas a cada uma delas?
- Quantas destas cadeias de transmissão estão
devidamente identificadas desde a origem - o chamado doente 0 de cada uma delas
- até ao último doente positivo confirmado? Existem cadeias de transmissão
locais já identificadas desde a origem ou em processo de investigação, e
quantas e com que ramificações concelhias, caso existam como parece ser o caso?
- Como se explica que o Porto Moniz seja, e ainda bem
para a sua população - onde há uma elevada taxa de idosos - o único concelho da
RAM que não tem qualquer caso confirmado? Existem factores demográficos,
sociais, médicos, ou outros, que expliquem isso?
- E os dois outros concelhos da costa norte da RAM -
São Vicente e Santana - apesar de terem casos suspeitos, não têm, e ainda bem,
qualquer caso confirmado. Existem razões plausíveis para explicar esse
fenómeno?
Refiro que Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos
totalizam 499 dos casos suspeitos na RAM, 72,4% do total, 78,8% dos casos
confirmados e 30,8% dos recuperados (que passa a 40% se excluirmos os turistas
estrangeiros não residentes).
Ao invés disso, os três concelhos do Norte da ilha,
Porto Moniz, Santana e São Vicente, representam 3,8% dos casos suspeitos não
havendo casos confirmados nem recuperados, repito, e ainda bem, apesar de uma
população distribuida predominantemente pelos escalões etários mais altos. Há razões
de ordem demográfica, médica ou económica para explicar, a concentração de
casos no eixo Câmara de Lobos-Funchal-Santa Cruz? Ou é tudo um mero acaso já
que Machico também apresenta valores residuais, apesar de ser dos municipios
com mais população, no fundo tal como a Ribeira Brava? (LFM)
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