sábado, abril 25, 2020

Medicamento considerado promissor contra a covid-19 falha no 1º teste clínico


Os primeiros ensaios clínicos do medicamento antiviral contra o novo coronavírus, denominado de ‘redsmivir’ produzido pela farmacêutica Gilead, falharam. Segundo a empresa, os resultados acabaram por ser inconclusivos uma vez que o ensaio foi interrompido de forma precoce, segundo o ‘Finantial Times’. O ensaio clínico mostrou que o medicamento não melhorou a condição médica dos pacientes, nem reduziu a presença do vírus na corrente sanguínea, segundo o jornal americano, que cita rascunhos de documentos publicados acidentalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Gilead disse num comunicado que essas conclusões se tratavam de caracterizações inadequadas do ensaio clínico, que tinha sido interrompido de forma precoce e por isso insuficiente para permitir conclusões estatisticamente significativas. «Os resultados do ensaio são inconclusivos, embora as tendências nos dados sugiram um benefício potencial para o remdesivir, principalmente entre os pacientes tratados no início da doença», afirmou a empresa.

A OMS disse que um documento preliminar fornecido pelos autores do ensaio foi indevidamente publicado no site, mas retirado assim que o erro foi detectado. A agência disse que o documento está a ser revisto e será divulgada uma versão final que corresponde à realidade. A Gilead está a testar o medicamento em diversos ensaios clínicos, esperando-se resultados nos 400 pacientes hospitalizados com casos graves da doença, no final deste mês. Investigadores chineses analisaram 237 pacientes, administrando o medicamento a 158 e comparando o seu progresso com os 79 restantes. O interesse pelo medicamento de Gilead tem sido elevado, uma vez que actualmente não existem tratamentos aprovados ou vacinas preventivas para a Covid-19, e os médicos estão desesperados por encontrar algum fármaco que possa alterar o curso da doença que ataca os pulmões e pode fazer com que os outros órgãos entrem em falência, em casos mais graves.. O medicamento, que falhou anteriormente no tratamento para o ébola, está a ser analisado contra a Covid-19, tendo sido projectado para desactivar o mecanismo pelo qual certos vírus, incluindo o novo coronavírus, fazem cópias de si mesmos e podem sobrecarregar o sistema imunológico dos doentes (Executive Digest, por SimoneSilva)

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