Os primeiros ensaios clínicos do medicamento
antiviral contra o novo coronavírus, denominado de ‘redsmivir’ produzido pela
farmacêutica Gilead, falharam. Segundo a empresa, os resultados acabaram por
ser inconclusivos uma vez que o ensaio foi interrompido de forma precoce, segundo
o ‘Finantial Times’. O ensaio clínico mostrou que o medicamento não melhorou a
condição médica dos pacientes, nem reduziu a presença do vírus na corrente
sanguínea, segundo o jornal americano, que cita rascunhos de documentos
publicados acidentalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Gilead
disse num comunicado que essas conclusões se tratavam de caracterizações
inadequadas do ensaio clínico, que tinha sido interrompido de forma precoce e
por isso insuficiente para permitir conclusões estatisticamente significativas. «Os resultados do ensaio são inconclusivos,
embora as tendências nos dados sugiram um benefício potencial para o
remdesivir, principalmente entre os pacientes tratados no início da doença»,
afirmou a empresa.
A OMS disse que um documento preliminar
fornecido pelos autores do ensaio foi indevidamente publicado no site, mas
retirado assim que o erro foi detectado. A agência disse que o documento está a
ser revisto e será divulgada uma versão final que corresponde à realidade. A
Gilead está a testar o medicamento em diversos ensaios clínicos, esperando-se
resultados nos 400 pacientes hospitalizados com casos graves da doença, no
final deste mês. Investigadores chineses analisaram 237 pacientes,
administrando o medicamento a 158 e comparando o seu progresso com os 79
restantes. O interesse pelo medicamento de Gilead tem sido elevado, uma vez que
actualmente não existem tratamentos aprovados ou vacinas preventivas para a
Covid-19, e os médicos estão desesperados por encontrar algum fármaco que possa
alterar o curso da doença que ataca os pulmões e pode fazer com que os outros
órgãos entrem em falência, em casos mais graves.. O medicamento, que falhou
anteriormente no tratamento para o ébola, está a ser analisado contra a
Covid-19, tendo sido projectado para desactivar o mecanismo pelo qual certos
vírus, incluindo o novo coronavírus, fazem cópias de si mesmos e podem
sobrecarregar o sistema imunológico dos doentes (Executive Digest, por SimoneSilva)
Sem comentários:
Enviar um comentário