domingo, agosto 24, 2014

Nota: Eu não admito que os meus dados sejam entregues sem minha autorização



Segundo militante do PSD da Madeira com mais de 40 anos de filiação, não admito que os meus dados pessoais constantes da ficha individual na posse do partido sejam entregues a candidatos à liderança do partido, pelos ricos que existem de serem eventualmente acedidos por indivíduos contratados e outros tipos que nada têm a ver com o PSD mas que foram arrebanhados para integrarem pretensos grupos de apoio a candidaturas muitas das quais todos sabemos nunca terão qualquer sucesso, correndo o risco dos mesmos (dados pessoais) serem depois utilizados para outros fins e sabe-se lá para que mais. Estas disputas pela liderança de um partido, por muito estranhas que sejam, por muito radicalizadas que pareçam estar, por muito que se transformem em arenas da patetice, não podem tolerar que dados pessoais - facultados pelos militantes de um partido no momento da sua filiação, no quadro de uma relação de confiança que obviamente não existe quando tais dados saltam ao desbarato de grupo em grupo, entre pessoas que ninguém conhece – se transformem em instrumentos de disputa pessoal ou política.
Eu não admito que dados pessoais que foram entregues ao partido para que, no quadro da minha militância seja convocado ou informado institucionalmente, sejam entregues seja a quem for, sem minha autorização, muito menos facultados a indivíduos que nem militantes do PSD da Madeira são, que terão deste modo acesso a elementos que considero não devem andar na praça pública. Estamos a falar de dados pessoais, de endereços de correio eletrónico, telefones pessoais, números de contas bancárias para efeitos de cobrança de quotas, etc. Não autorizo ninguém no PSD da Madeira a ceder os meus dados pessoais seja a quem for, muito menos para receber, no telemóvel ou no correio eletrónico, informações, mensagens, comunicados, ataques pessoais entre candidatos, etc, que não quero receber. Se o quiserem fazer que o façam pelo meu endereço de correio.
É por isso que entendo que neste tipo de disputa eleitoral deve haver uma Comissão Eleitoral – processo que é normal em qualquer partido envolvido numa disputa eleitoral interna tão alargada como é o caso – para garantir que todas as informações dos candidatos sejam disponibilizadas pelo partido através dos recursos que tem ao seu dispor em moldes a serem definidos por essa Comissão Eleitoral já que uma disputa eleitoral não é nem uma peixeirada permanente nem tem que ser um palco de porrada e de ataques pessoais (para isso os candidatos que usem os instrumentos nas redes sociais que cada candidatura já tem ao seu dispor). Caso contrário, por muito respeito que me mereçam as pessoas, haverá sempre a suspeição sobre a isenção necessária, que vai crescer à medida que o ato eleitoral se aproxima e, pior do que isso, correndo-se o risco de termos um processo eleitoral marcado por dúvidas permanentes e por ações de contestação, incluindo posteriores recurso aos tribunais, algo pouco abonatório na vida de um partido. Meditem sobre isto.