quarta-feira, agosto 27, 2014

Malparado na habitação cresceu 7,2% em apenas um ano

Li no Dinheiro Vivo que "o crédito malparado recuou ligeiramente em junho para as famílias, no entanto, no segmento mais importante do crédito, a habitação, o nível de cobrança duvidosa voltou a aumentar. E, face ao ano passado são já mais 168 milhões de euros. Os números hoje divulgados pelo Banco de Portugal mostram que no arranque do verão as famílias portuguesas mostraram mais facilidades em pagar os seus créditos para o consumo, o que levou o malparado a recuar 5,87%, neste segmento, para um total de 1331 milhões de euros. Esta descida levou também a uma diminuição do total do malparado registado pelos bancos portugueses que, desta forma, recuou 0,93% em junho, para 5213 milhões de euros, um valor a par do registado em março deste ano. Neste mês, a cobrança duvidosa representou 4,15% do total de créditos, enquanto um mês antes representava 4,17%. No entanto, no segmento mais importante do crédito, a habitação, a cobrança duvidosa cresceu 1,34% em junho, face ao mês anterior, e conta já com um aumento de 7,24% face ao ano passado. Ao todo, estão em cobrança duvidosa 2488 milhões de euros. O mesmo aconteceu no crédito para outros fins, que segundo o Banco de Portugal, aumentou 0,14% em junho face ao mês anterior e que em relação ao mesmo mês de 2013, regista já um aumento de 4,81%. Já no consumo, a queda face ao ano passado é evidente: menos 11,97% de cobrança duvidosa. Talvez por isso, o crédito malparado, no geral, esteja 4,05% abaixo do que se registava há um ano. No caso das empresas, o crédito malparado recuou ligeiramente em junho face a maio, mas ainda está 7,75% acima do registado no mesmo mês do ano passado. Os números mostram ainda que ficam por saldar 13,16 créditos por cada 100 contraídos, um pouco mais do que os 13,15 registados em maio.
No caso das empresas o caso mais preocupante continua a ser o da construção, que foi responsável por 33% do total de créditos malparados de junho. Ainda assim, neste segmento já se registam melhorias, com o total de cobrança duvidosa a cair já há dois meses consecutivos, tal como em comparação homóloga"