sábado, dezembro 07, 2013

Adfriano Moreira: "Problema do povo português é trabalho e pão na mesa"

Escreve o DN de Lisboa que "o antigo presidente do CDS Adriano Moreira disse, esta sexta-feira, no Porto, que "o grande problema do povo português, neste momento, é trabalho e pão na mesa", algo que, acrescentou, tem a ver com a "dignidade humana". Adriano Moreira falava em Serralves, na primeira de dez conferências do ciclo "O Estado das Coisas/As Coisas do Estado", que contou ainda com o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.Perante um auditório lotado, o que, no seu entender, significa que "a sociedade civil está em movimento, o também investigador realçou que Portugal desde sempre precisou de ter apoio externo", que começou logo com Afonso Henriques, quando este rei, recordou, "foi ter com o papa"."Portugal" é um país exíguo", que hoje vive "uma situação que se aproxima do protetorado", o que para Adriano Moreira devia levar-nos a "pensar na estrutura do Estado"."Portugal é um país submisso a decisões externas em que não participamos", afirmou, declarando-se "incomodado" por ver ministros portugueses "prestarem contas a três empregados" das instituições internacionais que fazem parte da 'troika'.Adriano Moreira afirmou, por outro lado, que os "partidos precisam de se refundar", porque hoje "o mundo é outro", defendendo que a "sociedade civil precisa de participar realmente nas decisões do governo"."Vejo com grande satisfação que a sociedade civil está a movimentar-se", disse.Adriano Moreira referiu-se também ao "ataque que é feito ao princípio do Estado Social", sustentando que "atirar os princípios pela janela é a mesma coisa que atirar a esperança pela janela e a comunhão de afetos"."Se nós não salvaguardarmos a comunhão dos afetos vai ser muito difícil sairmos da crise. Temos que fazer isso. A sociedade civil tem que se movimentar e felizmente está a fazê-lo", acrescentou.Rui Moreira concordou que Portugal está hoje "debaixo de tutela" estrangeira, tal como havia afirmado Adriano Moreira, que usou, porém, o termo "protetorado"."Não temos neste momento plena soberania", reforçou o autarca portuense.Na sua opinião, por outro lado, o atual sistema político-partidário "precisa de uma alteração profunda" porque "não é capaz de resolver os problemas" portugueses.Rui Moreira alertou, contudo, para o risco do país se deixar seduzir por uma "tentação populista e demagógica" e para os problemas relacionados com a "democracia direta" que, a seu ver, levam inevitavelmente a uma redução das liberdades e das garantias"