Li no Expresso um texto da jornalista Isabel Paulo: “Inimigos de estimação, Luís Filipe Menezes e Rui Rio vivem há anos em clima de guerra surda no Porto, conflito agudizado com a candidatura de um à Câmara que o outro abandona. Os presidentes das câmaras de Porto e Gaia são da mesma geração, em tempos frequentaram o mesmo círculo de amigos, militam no mesmo partido, mas gravitam há anos em mundos situados nos antípodas um do outro. Rui Rio e Luís Filipe Menezes residem na mesma cidade, mas evitam cruzar-se no Porto, têm interesses antagónicos e vivem em clima de guerra não declarada, agudizada desde que o autarca de Gaia oficializou a intenção de tomar conta da Câmara que o inimigo irá abandonar nas eleições de outubro. A explicação oficiosa para o afastamento dos dois remonta a 1990, quando ambos terão acertado um acordo de combate ao então todo poderoso Brochado Coelho, presidente da distrital do PSD. Luís Filipe Menezes terá atraiçoado Rui Rio, que até hoje nunca perdoou a desleadade política do agora candidato a seu sucessor na Invicta. O cisma nortenho Rio/Menezes está longe de ser um caso isolado na arena política, fértil em ódios e ressentimentos. Entre os inimigos de estimação mais mediáticos, contam-se a das amizades desfeitas de Marcelo Caetano/Adriano Moreira, Mário Soares/Salgado Zenha, Paulo Portas/Marcelo Rebelo de Sousa, Ferro Rodrigues/Jorge Sampaio, Santana Lopes/Cavaco Silva e Manuel Alegre/Mário Soares