sábado, fevereiro 23, 2013

Gaspar. Governo terá que antecipar medidas que guardava como “reserva”

Segundo o Jornal I, “o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje em Lisboa que, com a revisão em baixa das previsões macroeconómicas, o Governo terá que antecipar medidas que guardava "como reserva para dificuldades orçamentais". Vítor Gaspar defendeu "alterações profundas" no "sistema político", que não especificou, numa intervenção durante as Segundas Jornadas da Consolidação, Crescimento e Coesão' do PSD, num hotel de Lisboa. O ministro referiu-se à revisão em baixa das projeções macroeconómicas para 2013, reiterando que estima que esta possa atingir uma revisão em baixa de 1 ponto percentual, e afirmou: "Significa que teremos que ter particular cuidado com a execução orçamental este ano e que teremos de ser capazes de executar, antecipar medidas que guardávamos como reserva para o caso de se verificarem dificuldades orçamentais", afirmou o ministro. "Essas medidas serão fundamentalmente medidas de poupança orçamental em execução e a antecipação dos efeitos de algumas das poupanças estruturais associadas com o processo de reforma do Estado", acrescentou. O ministro defendeu que "a ênfase deve ser posta na estabilização da economia no primeiro passo e no lançamento das condições de recuperação num segundo passo". "A nossa prioridade imediata deve ser criar condições para recuperação económica como fase de transição para o crescimento sustentado e criação de emprego", afirmou.
Vítor Gaspar argumentou que é preciso "investimento no setor exportador" e "nos bens transacionáveis". "Só a atividade empresarial, só a atividade privada, é que permitirá criar bons postos de trabalho, com bons salários", defendeu. O ministro repetiu várias vezes no início da sua intervenção que Portugal está a "entrar na fase do princípio do fim do programa" e que o sétimo exame regular trará "grandes desafios para Portugal".