segunda-feira, outubro 25, 2010

Governo e PSD sem acordo...até ver!

Segundo a SIC, "a terceira ronda negocial entre Governo e PSD terminou hoje sem acordo e sem nenhuma declaração pública por parte das duas delegações, tendo apenas sido agendada uma quarta reunião para o final da manhã de quarta feira. Depois de longas horas de negociações, que tiveram também uma longa interrupção para tentativa de acerto de propostas em torno do Orçamento do Estado para 2011, a delegação do PSD, liderada pelo ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga, foi a primeira a abandonar a Assembleia da República, pouco passava das 22:00. Poucos minutos depois, também o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, abandonou a Assembleia da República. Sinal do clima tenso entre as duas delegações e também de que as negociações se encaminham para uma fase decisiva é que hoje, ao longo de todo dia - e ao contrário do que aconteceu sábado e domingo -, nem Teixeira dos Santos nem Eduardo Catroga fizeram qualquer declaração à comunicação social. Esta terceira ronda negocial ficou marcada pela iniciativa do PSD de entregar ao Governo um documento de trabalho que os próprios sociais democratas classificaram como "fundamental" para o sucesso das negociações para a viabilização do Orçamento do Estado para 2011. Na sequência deste passo, Governo e PSD decidiram, ao fim da manhã, interromper os trabalhos, que foram retomados (após pedidos de adiamento do Executivo) apenas pelas 19:15 horas. Durante esse período de interrupção, o Governo aferiu o impacto das medidas sugeridas pelos sociais democratas, tendo sempre como critério essencial a sua compatibilidade com o objetivo de Portugal fechar 2011 com um défice na ordem dos 4,6 por cento. Em termos políticos, o PSD tem reclamado uma redução do aumento da carga fiscal presente na proposta de Orçamento, tal como a subida do IVA em apenas um ponto percentual e a redução dos cortes nas deduções fiscais. O PSD, para não comprometer a meta do défice, quer que essa quebra nas receitas do Estado seja compensada por novos cortes na despesa pública. Mas o Governo tem desafiado o PSD a especificar em que setores podem ser feitos esses cortes na despesa sem comprometer o funcionamento dos serviços ou compromissos já assumidos pelo Estado"

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